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segunda-feira, 23 dezembro, 2024 12:33: pm
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Macron diz que Ucrânia deve ceder territórios para não humilhar Putin

A Rússia não deve ser humilhada na Ucrânia, disse Emmanuel Macron, para permitir uma melhoria nas relações diplomáticas entre o Ocidente e Moscou quando a guerra chegar ao fim.

Macron diz que Ucrânia deve ceder territórios para não humilhar Putin

A Rússia não deve ser humilhada na Ucrânia, disse Emmanuel Macron, para permitir uma melhoria nas relações diplomáticas entre o Ocidente e Moscou quando a guerra chegar ao fim.

Isso tem levado a acusações de que o líder francês quer que a Ucrânia faça concessões para garantir um acordo de paz, embora o Palácio do Eliseu diga que qualquer acordo de paz deve ser negociado entre Putin e Zelenskiy, mostrando “o devido respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia”.

O presidente francês disse que seu homólogo russo, Vladimir Putin, cometeu um erro “histórico e fundamental” ao invadir a Ucrânia, mas que, no entanto, uma escalada mais ampla nas hostilidades tem que ser evitada.

Ao dar uma entrevista a um grupo de jornais regionais em seu país, Macron disse: “Não devemos humilhar a Rússia para que, no dia em que os combates pararem, possamos construir uma saída através dos canais diplomáticos”.

O papel da França deveria ser o de “uma potência mediadora”, acrescentou o presidente, dizendo que tinha colocado “tempo e energia” para garantir que o conflito não se transformasse em uma guerra mais ampla, incluindo a negociação com o presidente russo.

“Perdi a conta das conversas que tive com Vladimir Putin desde dezembro”, disse Macron. Foram 100 horas, acrescentou ele, que foram “a pedido” do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.

Macron tem procurado, constantemente, se envolver diretamente com Putin e tem repetidamente exigido um cessar-fogo no conflito, inclusive em um telefonema de 80 minutos no final do mês passado com o líder russo e o chanceler alemão, Olaf Scholz.

Isso tem levado a acusações de que o líder francês quer que a Ucrânia faça concessões para garantir um acordo de paz, embora o Palácio do Eliseu diga que qualquer acordo de paz deve ser negociado entre Putin e Zelenskiy, mostrando “o devido respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia”.

Nenhuma das discussões, entretanto, parece ter dado frutos. A invasão russa da Ucrânia passou a marca dos 100 dias na sexta-feira (3), com poucos sinais do fim da guerra em meio a fortes combates na cidade oriental de Sievierodonetsk.

Macron disse acreditar que Putin tinha “se isolado” e não sabia o que fazer a seguir. “Isolar-se é uma coisa, mas conseguir sair dela é um caminho difícil”, acrescentou o presidente francês.

Em outro lugar, o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse durante a noite que havia falado com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, e com a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, em seus esforços para lidar com a resistência de Ancara à Finlândia e à Suécia que se juntou à aliança militar.

Stoltenberg disse que teve “um telefonema construtivo” com Erdoğan e saudou os esforços da Turquia para chegar a um acordo marítimo entre a Rússia e a Ucrânia para permitir a retomada das exportações de alimentos dos portos bloqueados da Ucrânia.

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