Coréia do Norte assume o órgão de desarmamento da ONU em meio a críticas
Cerca de 50 países criticaram a Coréia do Norte por seus programas nucleares e de mísseis balísticos ao liderar uma sessão do órgão de desarmamento da ONU pela primeira vez.
A Coréia do Norte assumiu a presidência rotativa da Conferência sobre Desarmamento com 65 membros pela primeira vez em 11 anos, na semana passada.
A embaixadora australiana, Amanda Gorely, fez uma declaração em nome de 48 países e da União Européia durante uma sessão na sede européia da ONU em Genebra, na quinta-feira (2).
Ela disse que as partes, na declaração, incluindo o Grupo das Sete Nações, “continuam seriamente preocupadas” com as “ações imprudentes da Coréia do Norte, que continuam a minar seriamente o próprio valor” do órgão.
O representante japonês, Umetsu Shigeru, disse que a Coréia do Norte está agravando ainda mais sua já terrível situação humanitária ao desviar recursos para o desenvolvimento de armas de destruição em massa e mísseis balísticos.
O embaixador da Coréia do Norte, Han Tae Song, disse que embora devesse abster-se de expressar sua opinião como presidente da conferência, ele não poderia permanecer em silêncio, pois a declaração não visava apenas a ele, mas a seu país. Ele acrescentou que nenhum país tem o direito de criticar ou interferir na política nacional de outro.
Nações, como a China e a Rússia, expressaram apoio à presidência da Coréia do Norte. Nenhuma discussão substantiva foi realizada.
Han disse à NHK, após a sessão, que não ficou surpreso com a declaração, pois ela representava uma reivindicação repetida em reuniões internacionais por países ocidentais, que têm idéias e sistemas diferentes daqueles da Coréia do Norte.
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