Começa audiência judicial no Japão pela morte de cingalesa na Imigração de Nagoia
Foi iniciada uma audiência no Japão central por uma ação judicial na qual parentes de uma cingalesa, que morreu em um centro de detenção da imigração, estão processando o governo japonês por danos após sua morte.
A audiência foi realizada no Tribunal Distrital de Nagoia na quarta-feira (8).
Wishma Sandamali tinha sido detida nas instalações da cidade de Nagoia por ter ultrapassado a duração de seu visto. Ela reclamou de problemas de saúde e morreu em 6 de março de 2021, aos 33 anos de idade.
A Agência de Serviços de Imigração do Japão divulgou um relatório final sobre o tratamento que a instalação fez com Wishma em agosto passado. O relatório apontou que as instalações não tinham um sistema apropriado para fornecer assistência médica.
Os parentes consideraram a conclusão insatisfatória. Eles disseram que o relatório não esclareceu o que aconteceu com ela e quem foi o responsável pela sua morte.
Em março deste ano, eles entraram com uma ação contra o governo japonês, buscando cerca de 150 milhões de ienes ou 1,1 milhões de dólares em danos.
Na quarta-feira, o lado dos parentes sustentou que as autoridades de imigração não permitiram a libertação provisória de Wishma e a mantiveram ilegalmente detida. Disseram que as autoridades não forneceram os cuidados médicos necessários apesar do agravamento do seu estado e a deixaram morrer.
Wayomi, a irmã mais nova de Wishma, disse que ela pediu ajuda, mas morreu em circunstâncias cruéis. Wayomi disse que ela quer que o governo admita sua responsabilidade e que o sistema de detenção de imigração do Japão mude.
Outra irmã mais nova, Poornima, disse querer que o tribunal esclareça por que Wishma morreu nas instalações e por que ela foi deixada para morrer sem qualquer tentativa de salvá-la.
O lado do governo pediu ao tribunal que negasse o processo e disse que apresentará sua posição por escrito antes da próxima audiência.
Espera-se que os pontos de disputa incluam conexões causais entre o tratamento da instalação sobre Wishma e sua morte.
Antes da audiência, Wayomi disse que sua mãe, no Sri Lanka, está chorando todos os dias. Ela disse que quando eles falam ao telefone, a mãe pergunta: “Como estão indo as coisas? Algum progresso foi feito? O que as autoridades de imigração estão dizendo”?
Wayomi disse que ela quer que sua família seja a última a experimentar uma tragédia como esta e uma coisa tão cruel não deveria acontecer novamente.
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