Empresas japonesas estão monitorando a situação na Ucrânia

As empresas japonesas que operam na Ucrânia estão acompanhando de perto a crise no país e considerando como elas serão afetadas.

A empresa privada de pesquisa de crédito Teikoku Databank diz que a partir deste mês de janeiro, o número de empresas japonesas que fazem negócios na Ucrânia chegou a 57.

Dessas empresas, 28 são fabricantes, vendendo ou fabricando automóveis, máquinas de construção e materiais agrícolas.

No setor automobilístico, as fábricas japonesas que produzem peças chamadas chicotes estão localizadas na Ucrânia.

No setor atacadista, 16 empresas japonesas, incluindo as principais casas comerciais, estão operando no país.

A Organização de Comércio Exterior do Japão, ou JETRO, diz que o número total de empresas japonesas na Ucrânia é pequeno em comparação com as de outros países europeus.

Mas diz que a indústria tecnológica tem crescido na Ucrânia, e as empresas japonesas começaram a estabelecer bases de desenvolvimento de software no país.

Tais empresas estão preocupadas com seus funcionários na Ucrânia. A empresa i3Design, sediada em Tokyo, tem uma base de desenvolvimento de software em Kharkiv, na região nordeste do país.

Ela abriu um escritório no país há 11 anos, porque a Ucrânia tem abundantes recursos humanos relacionados à tecnologia. A empresa não tem nenhum funcionário japonês lotado na Ucrânia, mas tem 15 funcionários contratados localmente.

O presidente da empresa, Shiba Yoichiro, falou online com um ucraniano que chefia o escritório local, após ouvir sobre a ação militar da Rússia.

Shiba diz ter ouvido várias explosões às 5 da manhã, horário local. Ele diz que ainda pode usar a eletricidade e a Internet.

A empresa diz ter confirmado a segurança de todos os 15 de seus funcionários. Algumas de suas famílias já fugiram do país.

A empresa planeja incentivar seu pessoal a trabalhar remotamente a fim de permanecer em segurança.

Shiba diz: “É importante ter sempre a certeza de que nosso pessoal esteja bem, mantendo contato constante com eles. Espero que as coisas voltem ao normal em breve”.