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Tensão entre EUA e Rússia aumenta e Moscou ‘ameaça’ levar mísseis e construir bases militares em Cuba e na Venezuela

As tensões entre EUA e Rússia voltaram a crescer na última quinta-feira, 13, após Moscou dizer que as negociações de segurança entre os países foram um “fracasso”. De acordo com a Associated Press, a maior nação do mundo elevou as apostas em seu confronto com o Ocidente sobre a questão da Ucrânia, depois que o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Ryabkov, aumentou o tom e disse que a Rússia não descarta a possibilidade de enviar tropas para Cuba e Venezuela.

Tensão entre EUA e Rússia aumenta e Moscou ‘ameaça’ levar mísseis e construir bases militares em Cuba e na Venezuela

As tensões entre EUA e Rússia voltaram a crescer na última quinta-feira, 13, após Moscou dizer que as negociações de segurança entre os países foram um “fracasso”. De acordo com a Associated Press, a maior nação do mundo elevou as apostas em seu confronto com o Ocidente sobre a questão da Ucrânia, depois que o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Ryabkov, aumentou o tom e disse que a Rússia não descarta a possibilidade de enviar tropas para Cuba e Venezuela.

Ryabkov disse na televisão que “tudo depende dos americanos”, acrescentando que o presidente, Vladimir Putin, alertou que não poderia confirmar ou excluir a possibilidade de a Rússia estabelecer infraestrutura militar nos dois países latino-americanos, caso a expansão da Otan para o leste da Europa continue.

“Os Estados Unidos responderão de forma “decisiva” se a Rússia levar mísseis ou infraestrutura militar para Venezuela e Cuba”, afirmou na quinta-feira (13) Jake Sullivan, assessor de segurança nacional do presidente americano Joe Biden.

“Se a Rússia avançar nessa direção, lidaremos com ela de forma decisiva”, disse Sullivan em entrevista coletiva na Casa Branca, sem elaborar a resposta.

O foco das negociações entre russos e integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na última quarta-feira, 12, em Viena, estava centrado nas demandas russas de que a Ucrânia não entre para a Otan, porém a reunião não conseguiu aplacar o impasse sobre as exigências do Kremlin, que mantém tropas mobilizadas na fronteira com a Ucrânia.

Dentre as exigências feitas pelo Kremlin, estão a promessa de que os ucranianos nunca se tornarão membros da Otan e a retirada de tropas de ex-repúblicas socialistas que aderiram à aliança após a Guerra Fria.

Em contrapartida, os EUA pedem que a Rússia acabe com a movimentação militar perto da fronteira com a Ucrânia.

O vice-chanceler ressaltou que Washington e a Otan rejeitaram a principal reivindicação de Moscou: uma garantia de que a aliança não incorporará a Ucrânia e outras nações ex-soviéticas. Ele acrescentou que as grandes diferenças nas estratégias dos dois lados colocam em dúvida a continuidade das negociações.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Kremlin disse ainda que pode haver uma ruptura completa das relações entre Washington e Moscou caso os Estados Unidos vá adiante com a aplicação de sanções contra Putin e outros líderes civis e militares russos.

As conversas ocorrem em um momento em que cerca de 100 mil soldados russos, além de tanques e equipamentos militares pesados, estão concentrados perto da fronteira leste da Ucrânia. O acúmulo causou profundas preocupações em Kiev e no Ocidente de que Moscou está se preparando para uma invasão. A Rússia nega isso e, por sua vez, acusa o Ocidente de ameaçar sua segurança ao posicionar pessoal e equipamentos militares na Europa Central e Oriental.

A crescente tensão entre as duas potências mundiais tem ligado o sinal de alerta no mundo.

O ministro das Relações Exteriores da Polônia, que assumiu o cargo de presidente em exercício da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), mediadora das negociações, disse que o risco de conflito é o maior dos últimos trinta anos.

“Durante várias semanas, enfrentamos a possibilidade de uma grande escalada militar na Europa Oriental”, disse.

“Devemos nos concentrar em uma resolução pacífica do conflito dentro e ao redor da Ucrânia”, completou, pedindo “pleno respeito à soberania e à integridade territorial dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.

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