162 pessoas são presas por violação da nova lei de segurança de Hong Kong

A polícia de Hong Kong informa que um total de 162 pessoas foram presas por suspeita de violação da lei de segurança nacional do território desde que a legislação entrou em vigor em junho de 2020, por ordem do Partido Comunista Chinês.

O comissário da polícia disse em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (27) que mais de 100 deles foram acusados.

Entre os detidos estão 47 cidadãos que foram, posteriormente, acusados de subversão por seu envolvimento em eleições primárias não oficiais antes da votação do Conselho Legislativo.

As prisões também incluem vários membros sênior de grupos cívicos que, durante anos, organizaram memoriais para as vítimas da matança de 1989dos manifestantes pró-democracia na Praça Tiananmen, em Pequim.

Outros seis, incluindo o fundador do jornal Apple Daily, Jimmy Lai, foram acusados de colocar em risco a segurança nacional por conluio com forças estrangeiras. O jornal, conhecido por sua postura crítica em relação a Pequim, encerrou as atividades em junho passado.

O comissário de polícia também disse que a linha direta dedicada a possíveis ofensas à lei de segurança nacional havia recebido mais de 230.000 chamadas do público desde seu lançamento em novembro de 2020.

O governo de Hong Kong está planejando uma nova legislação para reprimir atos considerados hostis em relação a Pequim.

O comissário de polícia disse que a situação de segurança de Hong Kong está pronta para se estabilizar, mas ainda precisa de cautela.