TEPCO simula impacto da liberação da água radioativa tratada de Fukushima

O operador da usina nuclear danificada Fukushima Daiichi divulgou os resultados de uma simulação que analisou o impacto que a água tratada da usina teria se fosse liberada no oceano. O operador informa que os resultados mostram que o impacto da liberação seria extremamente pequeno.

A água, usada para resfriar o combustível nuclear derretido, é tratada para remover a maioria dos materiais radioativos, mas ainda contém trítio radioativo. A Companhia de Energia Elétrica de Tóquio – TEPCO, planeja descarregar a água tratada a cerca de 1 quilômetro da costa, utilizando um túnel submarino.

A TEPCO realizou a simulação com base no plano de descarga e nos dados dos materiais radioativos contidos nos tanques de armazenamento.

Assumindo que a água será diluída para baixar a concentração de trítio para um quadragésimo do padrão nacional, antes da descarga.

A quantidade de liberação anual total foi fixada em 22 trilhões de becquerels, o mesmo nível que uma meta estabelecida para antes do acidente de 2011.

O operador afirma que os resultados mostraram que a área onde a concentração de trítio era mais de 1 becquerel por litro – maior que os níveis atuais – estava limitada a 2 a 3 quilômetros da usina.

Também diz que cerca de 30 becquerel por litro de trítio foram observados em algumas áreas acima da entrada do túnel submarino, mas a concentração caiu rapidamente à medida que a água se espalhou.

A TEPCO também estimou o nível de exposição anual à radiação para os operadores pesqueiros que vivem ao longo da costa.

A empresa diz que seu cálculo indicou que a exposição anual para pessoas que consomem a quantidade média de frutos do mar seria de um em 60.000 a um em 10.000º de 1 milisievert. A exposição anual de 1 milisievert é considerada aceitável.