Brasil: Fiocruz participa de estudo com novo medicamento contra o coronavírus chinês
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fará parte de um estudo internacional, de fase 3, com o medicamento Molnupiravir, fabricado pela farmacêutica MSD. O objetivo é verificar sua eficiência para evitar a propagação e transmissão da COVID-19 entre pessoas expostas ao coronavírus chinês. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (6) pela Fiocruz.
O estudo, que começa na próxima semana, ocorrerá de forma simultânea em sete centros no Brasil, sendo dois sob responsabilidade da Fiocruz: Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. O estudo acontecerá também no Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. A coordenação é dos pesquisadores Julio Croda e Margareth Dalcolmo.
O medicamento atua impedindo a replicação do vírus e tem potencial de ação em diversos vírus RNA, incluindo o Sars-CoV-2, que provoca a covid-19. Para avaliar o uso de Molnupiravir como profilaxia pós-exposição (PEP), serão avaliados indivíduos que foram expostos ao vírus, ou seja, que residem com uma pessoa que testou positivo para a covid-19 nas últimas 72 horas e apresenta pelo menos um sintoma associado à doença.
O tratamento consiste no uso do medicamento, por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias consecutivos. A etapa de fase 3 terá a duração de seis meses.
O Molnupiravir é desenvolvido pela MSD em colaboração com a Ridgeback Biotherapeutics.
Recentemente, a MSD divulgou os resultados interinos de fase 3 de um outro estudo, no qual o Molnupiravir foi usado como tratamento nos primeiros cinco dias de sintomas e demonstrou redução de aproximadamente 50% do risco de hospitalização ou morte em pacientes adultos não hospitalizados com a covid-19 leve a moderada.
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