Vítimas de Hiroshima são relembradas 76 anos depois do bombardeio atômico
Os japoneses estão fazendo uma pausa para lembrar as vítimas de um dos eventos de guerra mais catastróficos da história.
Neste dia, há 76 anos, um avião militar americano lançou uma bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima.
Na sexta-feira (6) de manhã, Hiroshima ficou em silêncio às 8h15 da manhã, no mesmo minuto em que a bomba atingiu a cidade.
Os raios de calor, radiação e onda de choque da explosão devastaram a cidade, matando cerca de 140.000 pessoas até o final de 1945.
Muitos que sobreviveram sofrem de câncer e de outras doenças relacionadas à sua exposição à radiação.
O número de participantes na cerimônia deste ano foi reduzido para cerca de 800 por causa da pandemia. Isso é menos de um décimo da quantidade dos anos anteriores.
O prefeito de Hiroshima Matsui Kazumi colocou uma lista com os nomes de 328.929 vítimas em um cenotáfio. Ela inclui 4.800 pessoas que morreram ou cujas mortes foram confirmadas durante o ano passado.
Em sua declaração de paz, o prefeito disse que não é possível uma sociedade sustentável com armas nucleares continuamente prontas para o massacre indiscriminado.
Matsui disse: “Com respeito ao governo japonês, solicito uma mediação produtiva entre os países com e sem armas nucleares. Além disso, de acordo com a vontade do hibakusha, exijo a assinatura e ratificação imediata do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, e depois a participação construtiva na primeira Reunião dos Estados Partes. O cumprimento do papel de mediador deve envolver a criação de um ambiente que facilite a restauração da confiança e segurança internacionais sem depender de armas nucleares”.
Potências nucleares como os EUA e a Rússia não apóiam o tratado. E o Japão, que depende da proteção nuclear dos EUA, também não o assinou.
O primeiro-ministro Suga Yoshihide disse: “Existem disparidades entre as nações sobre como avançar no desarmamento nuclear. Para avançar o desarmamento nuclear sob tais condições, esforços realistas devem ser promovidos com persistência enquanto se constroem pontes entre países que assumem posições diferentes”.
O primeiro-ministro disse que é importante fortalecer a estrutura internacional de desarmamento e não-proliferação nuclear com base no Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
Ao longo do dia, o Japão está adotando um sentimento de pesar e uma esperança de paz.
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