Maior parte dos documentos relativos à morte da cingalesa na imigração de Nagóia foi apagada

A família da cingalesa que morreu em um centro de detenção de imigração no Japão disse que os documentos relacionados à sua morte, que foram revelados a seu pedido, foram em grande parte apagados.

Wishma Sandamali, que tinha 33 anos, foi detida por ter ultrapassado a duração de seu visto. Ela começou a reclamar de problemas de saúde em janeiro e morreu dois meses depois nas instalações da imigração em Nagóia, no centro do Japão.

Em uma coletiva de imprensa em Tóquio, na terça-feira (17), sua família e seu advogado disseram que solicitaram, em maio, ao Escritório Regional de Serviços de Imigração de Nagóia para a divulgação de documentos administrativos relevantes.

Eles disseram que a maioria das 15.000 folhas de documentação divulgadas em 2 de agosto foram apagadas, incluindo entradas em registros diários mantidos por funcionários das instalações e os registros médicos da mulher detida.

A irmã mais nova de Wishma, Poornima, disse que os documentos foram apagados e impossibilitaram de confiar em um relatório final sobre o assunto divulgado pela Agência de Serviços de Imigração na semana passada. O relatório reconheceu que as instalações de Nagoia não dispunham de um sistema para fornecer cuidados médicos adequados aos detentos.

Durante aquela semana, a família também teve acesso a um vídeo editado mostrando seu ente querido nas instalações.

O advogado da família, Ibusuki Shoichi, disse que os documentos editados mostram a agência reflexivamente tentando encobrir impropriedades, e isto também se aplica a sua resposta ao seu pedido de divulgação em vídeo.

Ele prosseguiu dizendo que eles continuarão a exigir que o vídeo e os documentos não divulgados sejam apresentados a eles.