Com biosensor e saliva tecnologia brasileira identifica vírus chinês em 15 minutos
Um teste produzido por pesquisadores brasileiros com apoio do MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações detecta a contaminação pelo coronavírus chinês em menos de 15 minutos por meio de uma amostra da saliva.
Além disso, o novo equipamento é de baixo custo e pode ser acoplado a um aparelho de telefone celular. Por meio de um leitor USB, conectado ao celular, o paciente deposita em um chip descartável uma gota da saliva. Pronto, depois é só abrir o aplicativo e verificar o resultado. A eficácia do teste é a mesma que a do RT/PCR, que retira mucosa do nariz para a avaliação e é considerado pela comunidade médica o mais eficaz.
A iniciativa está sendo desenvolvida com a participação de pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, vinculado ao MCTI. Os pesquisadores são bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Aline Macedo Faria, que participa da pesquisa por meio do CTI Renato Archer, comenta a importância deste tipo de tecnologia para o momento de pandemia.“Este sensor devido à rapidez e baixo custo associado a possibilidade de detecção nos primeiros dias de sintoma em amostras de saliva permite uma testagem em massa como em escolas e aeroportos. Além disso, como o dispositivo é portátil ainda possibilita que o teste seja realizado mesmo em regiões onde não possuam laboratórios de análise clínica, com obtenção de resultado em tempo real”.
De acordo com a pesquisadora Aline Macedo Faria, a ideia inicial do projeto era desenvolver testes para doenças tropicais, como a dengue, zika e a chikungunya. Porém, com o advento da pandemia, as pesquisas se voltaram para a detecção da covid. Por isso, o teste de saliva ainda poderá ser utilizado para a detecção de outras patologias como infartos e até o alzheimer. Participa do desenvolvimento do dispositivo de testagem, a empresa brasileira de biotecnologia Visto.Bio. O representante da empresa, Renan Serrano, explica quais serão as próximas fases do projeto.
“Agora a gente está avançando para as últimas fases dos testes clínicos e depois regulamentar com a Anvisa, mas neste momento a gente já está buscando empresas que tenham interesse em fazer parte desta etapa. Participar e também já serem os primeiros a receberem os dispositivos. Então, investidores, parceiros é legal compartilhar isso, que a gente está superaberto para propostas”.
Outras frentes
O MCTI, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, também apoia outras frentes de pesquisa que buscam a testagem da Covid-19 por meio da saliva. É o caso do Projeto institucional em rede: laboratórios de campanha para testes de diagnóstico da covid-19, lançado em julho do ano passado pelo MCTI. 370 mil testes de diagnóstico da doença já foram realizados com a iniciativa, a maior parte foi processada nos laboratórios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Outras 13 universidades federais do país participam da coleta. O projeto é financiado com recursos repassados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), um total de R$ 32,5 milhões. A rede de laboratórios pretende realizar ainda mais 30 mil testes.
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