Proibida em Hong Kong vigília às vítimas de Tiananmen
A polícia de Hong Kong proibiu, novamente, a vigília anual de 4 de junho que celebra as vítimas da repressão militar da China contra os ativistas pró-democracia em 1989.
O debate público sobre o incidente de Tiananmen em Pequim tem sido tabu na China Continental.
Mas um grupo cívico em Hong Kong havia realizado a vigília anual em 4 de junho, que é o aniversário da repressão contra o movimento estudantil, para lembrar as vítimas e pedir às autoridades que esclareçam o incidente.
No ano passado, a polícia de Hong Kong, pela primeira vez, proibiu o grupo de realizar o evento. Eles citaram a propagação do coronavírus chinês.
Na quinta-feira (27), a polícia informou aos organizadores que não permitirá a vigília anual deste ano novamente, citando a pandemia.
O chefe da segurança do território, John Lee Ka-chiu, advertiu que aqueles que participarem serão considerados violadores da lei.
A advertência ocorre depois que um tribunal de Hong Kong decretou penas de prisão a quatro ativistas pró-democracia, incluindo Joshua Wong, por participar no ano passado de um memorial não autorizado pelo incidente de Tiananmen.
A Aliança de Hong Kong em Apoio aos Movimentos Democratas Patrióticos da China, que organiza a vigília, emitiu uma declaração dizendo que o grupo continuará a lutar pelo direito dos cidadãos de lamentar o 4 de junho de forma legal.
O memorial também foi planejado nas proximidades de Macau, onde é introduzida uma estrutura “um país dois sistemas” semelhante à de Hong Kong.
Mas a polícia em Macau proibiu o evento deste ano, dizendo que tal reunião é ilegal, pois infringiria a soberania. No ano passado, a polícia de Macau citou a disseminação do coronavírus chinês.
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