Japão a um passo de aprovar mais 2 vacinas

Um painel de especialistas do governo japonês autorizou o ministro da saúde a aprovar o uso de mais duas vacinas contra o coronavírus, uma desenvolvida pelo fabricante americano de medicamentos Moderna, a outra pela AstraZeneca, sediada na Inglaterra.

Os especialistas se reuniram na quinta-feira (20), para avaliar dados do próprio ensaio clínico do Japão, além daqueles do exterior. Eles confirmaram a eficácia das duas vacinas.

Agora, o ministro da saúde poderá autorizá-las oficialmente já na sexta-feira (21).

As pessoas com 18 anos ou mais, provavelmente, serão elegíveis. Mas as autoridades poderão recomendar um limite mínimo de idade para a vacina AstraZeneca devido ao risco de coágulos de sangue. O regulador de drogas da UE publicou dados que mostram que os jovens são mais propensos a desenvolvê-los.

A vacina Moderna seria administrada em locais de vacinação em massa, que serão abertos em Tóquio e Osaka na segunda-feira (24).

Atualmente apenas a vacina Pfizer está em uso, pois a lei do Japão exige ensaios clínicos no país.

As inoculações começaram em fevereiro para os profissionais da linha de frente antes de serem ampliadas para incluir os idosos em abril.

Menos de 5% da população do Japão recebeu pelo menos uma dose, uma proporção muito menor do que a de outros países do G7.

Enquanto isso, o governo está considerando expandir o estado de emergência para a prefeitura de Okinawa, em resposta a um pedido urgente do governador, pois luta com um rápido aumento dos casos.

O primeiro-ministro, Suga Yoshihide, disse que consultará um painel de especialistas na sexta-feira (21), para expandi-lo para Okinawa.

Nove prefeituras já estão sob o estado de emergência, incluindo Tóquio, Osaka e Hokkaido.

Medidas anti-vírus mais rigorosas serão aplicadas até o final de maio.

Em todo o país, mais de 5.700 novas infecções foram relatadas na quinta-feira, assim como mais de 100 mortes.