Países se pronunciam sobre a água radioativa que será descartada em Fukushima
Os Estados Unidos e as nações asiáticas expressaram reações mistas ao plano do Japão de liberar a água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi no oceano.
O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tuitou na segunda-feira (12): “Agradecemos ao Japão por seus esforços transparentes na decisão de se desfazer da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima Daiichi”.
Ele disse que os EUA anseiam pela coordenação contínua do Japão com a Agência Internacional de Energia Atômica.
O porta-voz do Departamento, Ned Price, também disse em uma declaração na segunda-feira que o Japão “parece ter adotado uma abordagem de acordo com as normas de segurança nuclear aceitas globalmente”.
A Coréia do Sul, no entanto, se opôs fortemente à iniciativa. O governo convocou uma reunião de emergência dos ministérios relevantes após o anúncio formal do Japão na terça-feira (13).
Após a reunião, o chefe do Escritório de Coordenação de Políticas Governamentais, Koo Yoon-cheol, expressou “forte pesar” aos repórteres.
Ele disse que a Coréia do Sul tomará todas as medidas necessárias para manter o povo sul-coreano seguro e apresentará um protesto ao Japão antes do final do dia.
Koo acrescentou que Seul garantirá que a proibição de importação de produtos marinhos de oito prefeituras japonesas, incluindo Fukushima, permanecerá em vigor.
Ele também disse que o governo encaminhará suas preocupações para a AIEA.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China divulgou uma declaração na terça-feira dizendo: “Como um vizinho próximo e parte interessada, o lado chinês expressa grande preocupação com essa questão”.
A declaração dizia: “Apesar das dúvidas e da oposição interna e externa, o Japão decidiu, unilateralmente, liberar as águas residuais nucleares de Fukushima no mar”.
Disse que isso foi “sem consultar os países vizinhos e a comunidade internacional” e é “altamente irresponsável”.
A declaração acrescentou que o Japão deveria se abster de descarregar a água “antes de chegar a um consenso com todas as partes interessadas e com a AIEA através de consultas abrangentes”.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, Joanne Ou, disse que as autoridades levaram a notícia muito a sério, pois diz respeito à saúde e segurança do povo de Taiwan, ao meio ambiente marinho e à ecologia.
Ela disse que Taiwan continuará a transmitir suas preocupações ao Japão até que a descarga comece dentro de cerca de dois anos.
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