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quinta-feira, 7 novembro, 2024 7:06: pm
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Sacerdotes Católicos se comprometem a abençoar casamentos entre homosexuais, apesar da declaração do Vaticano

Na segunda-feira, o gabinete ortodoxo do Vaticano emitiu uma declaração esclarecendo que a Igreja Católica Romana não pode abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, pois Deus "não abençoa nem pode abençoar o pecado". Enquanto muitos conservadores aplaudiram a posição inalterada da Igreja, alguns membros da comunidade católica estão pressionando o Vaticano a tomar uma posição mais progressista.

Sacerdotes Católicos se comprometem a abençoar casamentos entre homosexuais, apesar da declaração do Vaticano

Na segunda-feira, o gabinete ortodoxo do Vaticano emitiu uma declaração esclarecendo que a Igreja Católica Romana não pode abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo, pois Deus “não abençoa nem pode abençoar o pecado”. Enquanto muitos conservadores aplaudiram a posição inalterada da Igreja, alguns membros da comunidade católica estão pressionando o Vaticano a tomar uma posição mais progressista.

A Iniciativa dos Sacerdotes Paroquiais, um grupo austríaco de católicos liderado pelo Padre Helmut Schueller, emitiu uma declaração dizendo que seus membros estão “profundamente chocados” com a publicação do comunicado de 15 de março da Igreja Católica Romana, que foi aprovado pelo Papa Francisco antes de sua publicação.

“Nós, membros da Iniciativa dos Sacerdotes Paroquiais, estamos profundamente chocados com o novo decreto romano que procura proibir a bênção de casais que amam pessoas do mesmo sexo. Esta é uma recaída em tempos que esperávamos ter superado com o Papa Francisco”, lê-se na declaração do grupo, conforme relatado pela Reuters.

“Não rejeitaremos – em solidariedade com tantos – qualquer casal amoroso no futuro, que peça para celebrar a bênção de Deus, que eles experimentam todos os dias, também em um culto”.

A Iniciativa dos Párocos é composta por mais de 350 membros da Igreja oficial e tem cerca de 3.000 apoiadores leigos, de acordo com a Reuters.

Schuller, é ex-deputado do Arcebispo de Viena, o Cardeal Christoph Schoenborn, que foi destituído de seu título pela Igreja em 2012.

Embora a iniciativa tenha obtido o apoio de padres tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, também foi criticada por apelar ao Vaticano para acabar com o celibato sacerdotal. Muitos membros do grupo também defendem a ordenação das mulheres.

Outros grupos e indivíduos pertencentes à Igreja Católica Romana, de 1,3 bilhões de membros, expressaram que se o Vaticano não conseguir modernizar sua abordagem às uniões entre pessoas do mesmo sexo, então os católicos leigos terão que intervir.

“Se padres e ministros pastorais não sentirem mais que podem realizar tal bênção, os leigos católicos intervirão e realizarão seus próprios rituais”, disse Francis DeBernardo, diretor executivo do Ministério New Ways – uma igreja que defende os católicos lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, à Associated Press, nesta segunda-feira (15).

Robert Shine, diretor associado do ministério, publicou um ofício na terça-feira (16), no qual ele criticou a declaração do Vaticano como um produto de “lógica mal orientada”.

“Parece que os líderes da igreja ainda não aprenderam uma lição simples: não se pode simplesmente ordenar aos fiéis que parem de conversar sobre um tópico controverso”, escreveu Shine. “Esta abordagem não funcionou com o controle de natalidade nos anos 60, nem com a discussão sobre as mulheres padres nos anos 90, e não funcionará agora”.

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