Lei marcial imposta no Yangon, Myanmar
Em Myanmar, um grupo de direitos humanos informa que as forças de segurança atiraram e mataram pelo menos 38 pessoas em violentas ações de repressão neste domingo (14). Os militares decretaram lei marcial para algumas áreas da região de Yangon, depois que várias fábricas foram incendiadas.
No mais recente anúncio, o próprio exército se prepara para lidar com os manifestantes, a autoridade administrativa e judicial foi transferida para o comandante local.
A mídia local alega que um hospital, na área onde os protestos foram violentamente esmagados recebeu mais de 30 corpos.
As pessoas continuam a tomar as ruas protestando contra a repressão dos militares, segurando cartazes com slogans que rejeitam o golpe.
A imposição da lei marcial ocorre depois que as fábricas financiadas pela China em Yangon foram incendiadas nos protestos de domingo (14). O exército e os manifestantes culparam-se mutuamente por incendiar as fábricas. A lei marcial cobre agora seis municípios da região.
A Embaixada chinesa em Myanmar disse em sua página no Facebook que cidadãos chineses foram feridos na agitação e apelou para que fossem tomadas medidas para deter a violência.
Um analista político diz que a lei marcial dará aos militares uma desculpa para usar a força nos manifestantes antes do Dia das Forças Armadas, no final deste mês. Khin Zaw Win, diretor do Instituto Tampadipa, disse: “O exército não vai recuar. Será uma grave perda de prestígio se eles tiverem que parar os desfiles em 27 de março por causa desses manifestantes em Yangon, e eles não vão aceitar”.
Um grupo de legisladores cassados emitiu uma declaração no domingo. Eles declararam a junta uma organização terrorista e disseram em uma declaração “as pessoas têm todo o direito de se defenderem ou defenderem os outros”.
Enquanto isso, a advogada de Aung San Suu Kyi disse que sua audiência no tribunal em vídeo marcada para segunda-feira foi adiada porque a internet não funciona.
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