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Manila paralisada após passagem do tufão Vamco

Chuvas torrenciais provocadas pelo tufão Vamco inundaram as províncias da ilha principal de Luzon, nas Filipinas, nesta quinta-feira (12), matando pelo menos uma pessoa, paralisando partes de Manila e trazendo mais miséria às comunidades que ainda tentam se recuperar após o tufão Goni, que atingiu o país no início do mês.

Manila paralisada após passagem do tufão Vamco

Chuvas torrenciais provocadas pelo tufão Vamco inundaram as províncias da ilha principal de Luzon, nas Filipinas, nesta quinta-feira (12), matando pelo menos uma pessoa, paralisando partes de Manila e trazendo mais miséria às comunidades que ainda tentam se recuperar após o tufão Goni, que atingiu o país no início do mês.

A Guarda Costeira das Filipinas disse ter destacado pelo menos 20 equipes de resgate com equipamentos de busca e salvamento na capital e províncias próximas, já que os residentes compartilharam vídeos e fotografias da devastação nas mídias sociais.

A Cruz Vermelha Filipina disse que a tempestade significou mais problemas para as pessoas que ainda tentam se recuperar depois do tufão Goni, que deixou pelo menos 25 pessoas mortas e destruiu milhares de residências. Os filipinos também estão lutando contra o efeito prolongado da pandemia do coronavírus chinês.

“É fundamental começar rapidamente a reconstrução e ajudar as pessoas a se recuperarem após um tufão devastador, mas estas tempestades estão atingindo nossas comunidades sem parar, durante uma pandemia mortal, tornando esta uma das respostas ao desastre mais complicadas de todos os tempos”, disse o presidente da Cruz Vermelha Filipina, Richard Gordon, em uma declaração.

“Mobilizamos todos os nossos recursos disponíveis para enfrentar este novo desafio, apoiando as comunidades que estão se recuperando após serem atingidas, duramente, por múltiplas tempestades em cima do implacável custo físico, emocional e econômico da COVID-19”.

Até agora três pessoas estão desaparecidas como resultado do tufão Vamco, o 21º a atingir o país este ano.

Seis tempestades, cinco semanas
Arlyn Rodriguez, residente na cidade de Marikina, disse à estação de rádio DZMM que estava aguardando resgate com outros 20, a maioria crianças e idosos depois que as águas da enchente subiram rapidamente.

O prefeito de Marikina, Marcelino Teodoro, disse que 40.000 residências haviam sido total ou parcialmente submersas na área.

“É desolador ver uma população, já sob a pandemia do vírus chinês, enfrentando outra severa tempestade, a sexta a atingir as Filipinas nas últimas cinco semanas”, disse Robert Kaufman, o chefe do Escritório da IFRC nas Filipinas, quando a organização emitiu um apelo humanitário de 3,5 milhões de francos suíços (3,8 milhões de dólares).

“Toda mulher, homem e criança nesta região devastada está enfrentando dificuldades e riscos acrescidos. Não podemos deixá-los enfrentar estes desafios sozinhos”.

Inundações em Limanan, Camarines Sur [Lance Aborquez/Red Cross]
Em algumas partes de Manila, as pessoas percorriam as ruas com água pela cintura, carregando objetos de valor e animais de estimação. Um vídeo mostrou uma ponte temporária sendo levada pelas águas da enchente

Os vôos e o transporte público foram suspensos enquanto a guarda costeira parava as operações no porto e os escritórios do governo eram fechados.

O Vamco, agora, enfraqueceu, com ventos constantes de 130 km por hora e rajadas de até 215 kph (133,59 mph) ao atravessar Luzon, lar de metade dos 108 milhões de habitantes das Filipinas.

A previsão é de que o tufão se dirija ao Vietnã central, onde inundações e deslizamentos de terra no último mês mataram pelo menos 160 pessoas, deixaram dezenas de desaparecidos e danificaram 390.000 residências.

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