EUA enfrentam oposição às sanções ao Irã
Irã, Grã-Bretanha, França e Alemanha repudiaram a declaração dos Estados Unidos de que impôs novamente sanções da ONU a Teerã.
Em carta ao Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, o embaixador do Irã na ONU, Majid Takht Ravanchi, denunciou a ação dos EUA como inválida, sem fundamento legal e totalmente inaceitável.
Ravanchi salientou que somente as partes do acordo nuclear de 2015 têm o direito de buscar o restabelecimento das sanções da ONU. A ONU suspendeu a maioria das sanções sob o acordo entre as potências mundiais e o Irã. Mas os EUA se retiraram do acordo em maio de 2018.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que “o Irã é o principal Estado patrocinador do terrorismo” e que nenhuma ação desse país foi mais perigosa do que sua busca por armas nucleares, e que o mesmo não cumpriu com o acordo firmado por seu antecessor Barack Obama, ensejando a saída dos EUA.
Ravanchi acrescentou que qualquer movimento atual ou futuro dos EUA para explorar a reimposição de sanções da ONU é, portanto, inválido.
Ele acrescentou que o Irã acredita que outros países rejeitarão as tentativas dos EUA de abusar dos procedimentos do Conselho de Segurança da ONU e minar sua autoridade.
A Grã-Bretanha, França e Alemanha são partes do acordo nuclear. Seus principais diplomatas emitiram uma declaração no domingo, observando que os EUA “deixaram de ser participantes” do acordo, após sua retirada.
A declaração diz que a notificação dos EUA ao Conselho de Segurança da ONU, no mês passado, de que havia iniciado o processo de restabelecimento das sanções não teria efeito legal.
A declaração diz que “quaisquer decisões e ações que seriam tomadas com base neste procedimento ou em seu possível resultado também seriam incapazes de ter qualquer efeito legal”.
A declaração acrescenta que a Grã-Bretanha, França e Alemanha “trabalharam incansavelmente para preservar o acordo nuclear e continuam empenhados em fazê-lo”.
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