Aumentam, cada vez mais, apelos pela renúncia de Lukashenko

Continuam os protestos em toda Bielorússia contra Alexander Lukashenko depois que os resultados de uma votação presidencial pareceram dar-lhe um sexto mandato no cargo.

Lukashenko reivindicou a vitória nas eleições de 9 de agosto, com 80% dos votos. Os opositores dizem que os resultados das eleições são fraudulentos. Após as eleições, os manifestantes saíram às ruas onde foram dispersados à força e muitos foram detidos pelas autoridades de segurança.

Mas centenas de milhares de pessoas continuaram a protestar, mesmo em empresas estatais que estão sob o controle do governo de Lukashenko. Nesta segunda-feira (17), os trabalhadores da emissora estadual do país entraram em greve.

O presidente Lukashenko fez um discurso, em uma fábrica, na capital Minsk, enfatizando que a votação estava livre de fraudes. Ele foi interpelado pela multidão com alguns gritos de “fora” e pedindo-lhe que se retirasse. O presidente teve que suspender seu discurso momentaneamente.

Svetlana Tikhanouskaya, sua principal rival nas eleições, está na vizinha Lituânia. Em uma mensagem de vídeo na segunda-feira (17), ela agradeceu às pessoas por apoiá-la, dizendo estar pronta para assumir como líder nacional.

Em meio à tensão crescente, os líderes dos países membros da União Européia decidiram realizar uma reunião de cúpula on-line de emergência nesta quarta-feira (19).

Espera-se que os líderes da União Européia expressem sua oposição à violência contra os cidadãos, bem como que discutam um plano para impor sanções à Bielorússia.

Eles, provavelmente, também falarão sobre a Rússia, que está pronta para oferecer apoio militar à Bielorússia, se necessário.

A embaixada japonesa na Bielorússia disse que um cidadão japonês de 20 anos está sob custódia em um centro de detenção em Minsk depois de ter sido preso pelas autoridades na semana passada. As autoridades da embaixada estão investigando porque ele foi detido e se estava participando de protestos.