Polícia de Hong Kong justifica o uso da força
O órgão de fiscalização da polícia de Hong Kong justificou o uso da força contra manifestantes durante demonstrações pró-democracia que irromperam em junho do ano passado.
O Conselho de Fiscalização Independente da Polícia emitiu um relatório na sexta-feira (15), após analisar as respostas da polícia durante os protestos, incluindo o uso repetido de gás lacrimogêneo. Todos os membros do conselho são nomeados pela Chefe do Executivo de Hong Kong Carrie Lam.
O relatório diz que nos últimos 10 meses, os protestos passaram de “passeatas iniciais pacíficas e reuniões públicas para formas extremas de protestos violentos nas ruas”. Diz que a polícia achou necessário o uso da força nestas ocasiões.
O relatório diz que as recentes apreensões de armas e materiais de fabricação de bombas indicam que Hong Kong está sendo “arrastada para uma era de terrorismo”.
As reformas sugeridas incluem a formação de um comitê de especialistas para “aconselhar a polícia que os estoques atuais e futuros de gás lacrimogêneo estejam dentro de limites toxicológicos aceitáveis para uso nas ruas de Hong Kong”. Também se pede à polícia que melhore a comunicação com a mídia para fornecer melhores explicações aos cidadãos.
Um jornal pró-democracia em Hong Kong criticou a reportagem como uma tentativa de justificar o comportamento violento da polícia. Moradores do território dizem que há limites para o que o fiscalizador pode fazer ao responsabilizar a polícia.
As críticas têm alimentado os apelos para um inquérito independente sobre o tratamento dos protestos pela polícia.
Carrie Lam, na sexta-feira, rejeitou a pressão dos manifestantes para tal revisão. Ela justificou o uso da força e acusou os manifestantes de usar a violência para pressionar suas exigências ao governo.
Lam elogiou o relatório do órgão de fiscalização e disse que seu governo vai estudar suas recomendações.
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