Pelo menos 180 presos em manifestações em Hong Kong
Manifestantes, em Hong Kong, tomaram as ruas para protestar contra o plano de Pequim de impor a legislação de segurança nacional no território. A polícia diz que prenderam pelo menos 180 pessoas sob suspeita de reunião ilegal e outras acusações.
A manifestação de domingo ocorreu dois dias após Pequim ter apresentado a proposta em uma sessão do Congresso Nacional Popular. Ela permitiria que agências do continente lançassem medidas repressivas em Hong Kong.
O plano despertou a preocupação de que iria retirar a liberdade de expressão e de reunião de Hong Kong. A mídia local diz que milhares de manifestantes desfilaram por uma área do centro da ilha de Hong Kong.
Logo após o início da manifestação, a polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.
Um homem, na casa dos 40 anos, teria sofrido ferimentos na cabeça e nas costas quando foi atacado por vários manifestantes com guarda-chuvas. Alguns manifestantes também são acusados de ter quebrado janelas de lojas e de um carro.
As manifestações, provavelmente, continuarão em Hong Kong, pois seu Conselho Legislativo planeja iniciar as deliberações para um projeto de lei controverso na quarta-feira (27). A legislação exige a criminalização do desrespeito ao hino nacional chinês.
Mais protestos também podem ocorrer no próximo mês, pois o dia 4 de junho é o aniversário da repressão militar de 1989 contra os manifestantes pró-democracia na Praça Tiananmen, em Pequim.
Em junho do ano passado teve início uma série de manifestações anti-governamentais em Hong Kong, contra um projeto de lei que permitiria que suspeitos fossem enviados à China continental para julgamento. A legislação foi, posteriormente, retirada.
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