Depois de falhar na contenção do vírus chinês a OMS alerta para a segunda e terceira onda do Covid-19
Países de todo o mundo devem estar preparados para uma “segunda ou terceira onda” do coronavírus chinês até que uma vacina esteja disponível, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Europa continua “fortemente dominada” pela pandemia, apesar dos sinais positivos de que esteja passando o pico, disse o Dr. Hans Kluge, o diretor da OMS na Europa.
“O Covid-19 não vai embora tão cedo”, acrescentou ele.
Isso acontece depois que a Universidade de Oxford anunciou que estava fazendo parceria com a gigante farmacêutica AstraZeneca para o desenvolvimento, fabricação e distribuição em larga escala da candidata à vacina do Covid-19 que está sendo testada, atualmente, no Reino Unido.
Falando durante um briefing da OMS Europa, o Dr. Kluge disse: “Uma das coisas que vimos muito claramente em diferentes países é a velocidade com que até mesmo os melhores sistemas de saúde podem ser esmagados e devastados”.
“Portanto, a maior lição nesta fase seria que a saúde realmente merece estar no topo da agenda política”.
“A saúde é o motor da economia – o que vemos agora é que sem saúde, não há economia. Sem saúde, não há segurança nacional”.
“Uma vez que saíamos da pandemia, através de esforços unidos, esta é uma lição a não ser esquecida”.
O Reino Unido permanece sob rigorosas medidas de isolamento, com os últimos números mostrando que 26.771 pessoas morreram em hospitais, casas de repouso e na comunidade em geral após a infecção pelo Covid-19.
Em outros lugares da Europa, países começaram a flexibilizar as restrições, permitindo a reabertura de lojas e a saída de pessoas de suas casas.
O Dr. Kluge disse ser vital para os países se prepararem para futuros surtos quando o primeiro pico fosse atingido.
Ele disse: “Se a primeira onda se foi, [a questão chave é] que ganhamos tempo para nos prepararmos para uma segunda ou terceira onda, particularmente se não houver uma vacina. A questão chave é estar preparado para uma segunda onda ou outro surto de outro agente infeccioso no futuro”.
“Isto exigirá a colaboração e a compreensão de todos, sobretudo com a chegada do verão, que todos têm que fazer a sua parte enquanto se mudam para uma nova realidade, onde a saúde pública tem que ter um lugar mais proeminente na sociedade”.
O Dr. Kluge disse que a Europa foi responsável por quase metade (46%) de todos os casos no mundo, e quase dois terços (63%) de todas as mortes.
Ele disse: “Estamos vendo evidências de um achatamento ou redução em novos casos. Devemos monitorar esta evolução muito de perto”.
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