Um mês de isolamento em Nova Iorque

Isolamento. Interrupção. A Pausa de Nova Iorque.

Como quer que você lhe chame, muitos nova-iorquinos passaram um mês dentro de casa para se protegerem do coronavírus chinês. E quando olham para fora, muitos não reconhecem sua cidade.

Catherine Kobayashi, da NHK World, relata.

A cidade que nunca dorme, dormiu.

Há um mês, os nova-iorquinos viram empresas fechando, escolas fechando, pessoas desaparecendo das ruas.

A difícil situação forçou alguns a reestruturar a forma como encaram seus dias.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse: “Nosso cálculo de ‘bom’, nossa definição de ‘bom’ mudou aqui”. ‘Bom’ agora ‘não é terrível'”.

Muitos profissionais de saúde viram seus hospitais sobrecarregados – sem máscaras suficientes, sem respiradores suficientes, sem equipamentos suficientes para proteger muitos de seus pacientes, ou a si mesmos.

Durante um período, mais de 700 pessoas estavam morrendo todos os dias. No total, mais de 14.000 pereceram.

O governador estendeu o bloqueio até 15 de maio e resistiu a chamadas para reabrir a economia.

Mais de um milhão de pessoas se candidataram ao subsídio de desemprego.

Além de seus empregos, muitas perderam a esperança.

Alguns se voltaram para refeitórios escolares, agora convertidos em cozinhas de sopa, só para conseguir uma refeição.

O governador Cuomo apontou alguns dias difíceis no passado de Nova York – 11 de setembro e a super tempestade Sandy. Ele disse que a pressão traz o melhor e o pior das pessoas.

“Em um momento de crise, você tem um pequeno retrato do caráter e da base delas. Também é verdade para o coletivo, também é verdade para a sociedade”.

Os nova-iorquinos se inclinam para fora de suas janelas todas as noites em um show desse coletivo. Eles levantam suas vozes e buzinam – uma sinfonia para os trabalhadores essenciais, e para si mesmos.