Outro surto na China manda 10 milhões de pessoas direto para o isolamento
Um novo surto de COVID-19 na China colocou fortes restrições de viagem a uma cidade de 10 milhões de habitantes, uma tática cada vez mais comum na nação comunista.
Segundo o The New York Times, os residentes de Harbin e outras cidades da região norte do país enfrentam, agora, restrições de circulação após uma série de novas infecções por coronavírus chinês terem sido relatadas na área.
Várias cidades do entorno cerraram fileiras e proibiram forasteiros, enquanto um documento publicado pelo governo provincial de Heilongjiang solicita aos moradores de Harbin que usem máscaras e verifiquem atentamente as temperaturas como uma salvaguarda contra o vírus. O documento também impôs restrições às reuniões.
“É estritamente proibido aos residentes urbanos e rurais visitaren parentes, ir até a porta, jogar cartas e reunir-se”, escreveu o governo de Heilongjiang.
O governo disse que está tomando medidas para restringir o número de pessoas que visitam shopping centers e outras áreas movimentadas na cidade ao mesmo tempo, além de aconselhar contra funerais e casamentos. Partilhar um táxi é agora “estritamente proibido”.
Além disso, todos os bairros são obrigados a “proibir a entrada de pessoas e veículos” de outros bairros.
Aqueles confirmados como portadores do vírus na cidade terão que permanecer em quarentena rigorosa por 14 dias. Uma vez terminadas as duas semanas, o infectado poderá ser submetido a novo teste e a ordem de isolamento poderá ser ajustada de acordo com o resultado.
O Global Times, um jornal patrocinado pelo Partido Comunista da China, apareceu para culpar um cidadão chinês, que viajou recentemente para os Estados Unidos, pela epidemia.
Antes destas restrições serem implementadas, uma cidade diferente na mesma província foi isolada.
Suifenhe, também em Heilongjiang, foi isolada devido a um surto no início deste mês.
Embora as áreas afetadas não estejam sob ordens tão draconianas quanto Wuhan enfrentou nos primeiros dias do surto inicial da China, as medidas mostram que a luta da China contra a COVID-19 está longe de terminar.
O surto original paralisou a economia chinesa, um desastre do qual a potência asiática ainda está tentando se recuperar.
Enquanto as fábricas e outras infraestruturas econômicas estão lentamente voltando à capacidade operacional, os danos causados às pequenas empresas e à classe trabalhadora parecem devastadores.
Nos Estados Unidos, muitos estão preocupados que as ordens de permanência em casa e o fechamento da chamada economia “não essencial” causem danos semelhantes aos trabalhadores americanos.
Protestos contra as ordens internas têm sido enfrentados com ações policiais em alguns estados, parecendo refletir a atitude autoritária do Partido Comunista da China.
Não está claro se o último isolamento da China será o seu último, ou se sinalizará o início de uma nova onda de surtos.
Com o fim da pandemia, aparentemente, em nenhum lugar à vista, esses bloqueios podem ser simplesmente uma parte cada vez mais normal da vida na China.
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