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ONU promove aborto e “identidade de gênero” como direitos humanos

Duas especialistas em direitos da mulher advertem que as Nações Unidas estão prestes a criar dois novos "direitos humanos" - o aborto e a identidade de gênero.

ONU promove aborto e “identidade de gênero” como direitos humanos

Duas especialistas em direitos da mulher advertem que as Nações Unidas estão prestes a criar dois novos “direitos humanos” – o aborto e a identidade de gênero.

O alerta vem de Emilie Kao, diretora do Centro Richard e Helen DeVos de Religião e Sociedade Civil da Fundação Heritage, e Shea Garrison, vice-presidente para assuntos internacionais das Mulheres Preocupadas pela América.

Em uma coluna no Daily Signal, elas explicaram que Ahmed Shaheed, o especialista da ONU responsável pela proteção da liberdade religiosa, está impulsionando uma agenda “progressista” que inclui o aborto e os direitos dos grupos de identidade sexual.

“Parece que a ONU está disposta a pisar nos direitos dos vulneráveis e minar a credibilidade dos direitos humanos universais para promover os valores de um pequeno número de países ricos – uma farsa a que a administração Trump deveria se opor”, escreveram.

Um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU está minando mulheres e meninas “ao juntar suas preocupações a reivindicações inovadoras baseadas na orientação sexual e identidade de gênero”, escreveram elas.

“Inclui uma interpretação controversa de ‘igualdade de gênero’ que promove a aceitação da ideologia transgênero e o conceito de múltiplas, fluidas, ‘identidades de gênero'”.

“Igualdade de gênero” significava a redução das desigualdades que as mulheres enfrentavam.

“Mas a burocracia das Nações Unidas começou a tentar redefinir gênero para incluir ‘identidade de gênero’, referindo-se tanto às mulheres que se identificam como homens quanto aos homens que se identificam como mulheres”, escrevem. “Em algumas nações, a criação de novos direitos baseados na identidade de gênero reduziu a segurança e a privacidade de mulheres e meninas em locais como abrigos, prisões e banheiros públicos”. Também diminuiu suas oportunidades de se destacar no atletismo ao forçá-las a competir contra os homens biológicos”.

A ênfase equivocada, segundo elas, está desviando a atenção dos graves problemas que as mulheres enfrentam, como o tráfico de pessoas, dos quais o relatório não faz menção.

“80% da população global enfrenta altas restrições à liberdade religiosa, e muitas dessas vítimas são mulheres. Mas o relatório dá apenas uma atenção superficial a essa questão”, diz o comentário. “Em vez disso, grande parte do relatório se concentra na religião como justificativa para as violações dos direitos humanos. O relatório descreve com precisão alguns casos em que a religião é cinicamente usada para justificar abusos dos direitos humanos perpetrados contra mulheres de religiões minoritárias, incluindo estupro, esterilização forçada e aborto forçado”.

O relatório da ONU, escreveram Kao e Garrison, “chocantemente conflita crenças religiosas conservadoras sobre a vida, o casamento e o sexo biológico com justificações religiosas para violações abomináveis dos direitos humanos”.

“Muitas mulheres, assim como homens, mantêm crenças religiosas conservadoras, mas o relatório trata sua liberdade de viver de acordo com essas crenças como secundária ao aborto e a novas reivindicações de direitos baseados na orientação sexual e identidade de gênero. Nenhum tratado internacional reconhece o direito ao aborto, mas o relatório simplesmente afirma que ele existe e que ele supera o direito de um provedor médico à objeção de consciência”, disseram elas.

O relatório da ONU até sugere “um papel ampliado” para o governo se os supervisores perceberem que um grupo religioso possui “normas discriminatórias de gênero nocivas”.

Elas concluem: “Todas as pessoas têm direitos humanos por causa da dignidade humana, incluindo aqueles que se identificam como LGBT, mas este relatório contorna o processo de negociação do tratado para simplesmente afirmar que as crenças sobre orientação sexual e gênero devem superar o direito humano de liberdade religiosa reconhecido internacionalmente”.

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