China suspende isolamento de Wuhan
Autoridades chinesas suspenderam o bloqueio imposto a cidade de Wuhan, onde foram comunicados os primeiros casos do coronavírus chinês.
Os serviços ferroviários e aéreos que ligam a capital da província de Hubei a outras localidades foram retomados nesta quarta-feira (8), após dois meses e meio de suspensão.
O Governo chinês suspendeu todos os serviços de transportes públicos e fechou estações ferroviárias e aeroportos em Wuhan em 23 de Janeiro, a fim de conter a propagação do vírus chinês.
Foram encontrados cerca de 2.000 casos por dia na cidade de uma só vez, causando a saturação dos serviços de saúde.
As autoridades chinesas afirmam que o bloqueio ajudou a melhorar a situação e que não foram comunicados novos casos em Wuhan em 18 de Março, pela primeira vez desde o início do surto.
Os transportes públicos na cidade retomaram as suas atividades no final de Março.
As autoridades sanitárias salientaram, nesta terça-feira (7), que a infecção doméstica centrada em Wuhan foi praticamente contida.
Porém, os residentes estão sendo aconselhados a não sair, a não ser para se deslocarem ao trabalho.
As autoridades dizem que mais de 50.000 pessoas foram infectadas e que 2.572 morreram em Wuhan, até terça-feira.
Porém, algumas pessoas argumentam que os números reais podem ser superiores porque os números oficiais excluem as pessoas infectadas que não apresentaram sintomas e as que podem ter morrido antes de terem sido diagnosticadas.
Alguns residentes de Wuhan estão preocupados com a possibilidade de ser demasiado cedo para levantar o bloqueio da cidade.
Na semana passada, uma pessoa que se diz não ter pisado fora de um complexo de apartamentos durante mais de dois meses apresentou um teste positivo.
A forma como a infecção ocorreu permanece desconhecida e o paciente, inicialmente, não apresentou sintomas.
Isto levantou uma bandeira de que o vírus poderia começar a propagar-se novamente.
Muitos residentes continuam insatisfeitos com as autoridades pelas respostas iniciais ao vírus e com o atraso na divulgação da informação.
Alguns posts on-line lançam dúvidas sobre o anúncio oficial de que não há novos casos.
Outros criticam a decisão de pôr fim ao bloqueio, dizendo que, se os residentes de Wuhan saíssem da cidade, isso geraria confusão.
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