O primeiro caso COVID-19 teve origem em 17 de novembro, de acordo com autoridades chinesas
O primeiro caso do novo coronavírus surgiu em 17 de novembro, de acordo com uma análise do governo chinês e revisados pelo South China Morning Post.
Só no final de dezembro é que as autoridades chinesas perceberam que tinham um novo vírus em suas mãos. Mas, mesmo assim, o governo chinês não divulgou informações sobre a COVID-19 ao público, de acordo com o Wall Street Journal.
Os dados analisados pelo SCMP, que não foram tornados públicos, sugerem que o vírus foi contraído pela primeira vez por um homem de 55 anos da província de Hubei, na China. Mas, como o SCMP observou, as evidências não são conclusivas. A identidade do “Paciente Zero” – o primeiro caso humano do vírus – ainda não foi confirmada, e é possível que o conjunto de dados não esteja completo.
As autoridades sanitárias chinesas relataram o primeiro caso de COVID-19 à Organização Mundial da Saúde – OMS, em 31 de dezembro. Posteriormente, uma equipe de pesquisadores publicou evidências de que o primeiro indivíduo a apresentar um teste positivo estava apresentando sintomas em 8 de dezembro, que é a data do primeiro caso confirmado, de acordo com a OMS.
Outras pesquisas, publicadas no The Lancet em janeiro, constataram que o primeiro indivíduo a ter resultado positivo no teste foi exposto ao vírus em 1 de dezembro.
O fato de que os pesquisadores estão, continuamente, rastreando a data da primeira infecção significa que ainda pode não haver evidências suficientes para identificar o “Paciente Zero”, mas os novos dados do governo chinês apuram o que já sabemos.
Outras pesquisas, publicadas por uma equipe de pesquisadores de doenças infecciosas da China, descobriram que os usuários do WeChat estavam usando termos relacionados a sintomas do novo coronavírus mais de duas semanas antes de as autoridades confirmarem o primeiro caso de infecção.
“Os resultados podem indicar que o coronavírus começou a circular semanas antes dos primeiros casos terem sido oficialmente diagnosticados e relatados”, escreveu Holly Secon, da Business Insider.
Se confirmado, o relatório sobre os usuários do WeChat dá mais apoio à descoberta mais recente do governo de que o primeiro caso do novo coronavírus se originou de fato em meados de novembro.
Enquanto as autoridades tentam localizar o Paciente Zero, os novos dados governamentais fornecem pistas sobre o surgimento e a propagação de um vírus que lançou o mundo em tumulto.
“Não sabemos quem foi o Paciente Zero, presumivelmente em Wuhan, e isso deixa muitas perguntas sem resposta sobre como o surto começou e como se espalhou inicialmente”, disse Sarah Borwein, médica da Central Health Medical Practice de Hong Kong, ao South China Morning Post.
Para os especialistas, encontrar o Paciente Zero não é simplesmente uma questão de pesquisar dados e realizar pesquisas. É também uma corrida contra o relógio. À medida que o tempo passa, torna-se mais difícil localizar o Paciente Zero à medida que o número de infecções aumenta – e identificar as áreas que estiveram expostas ao vírus por mais tempo.
“Sentimo-nos, obviamente, desconfortáveis quando diagnosticamos um paciente com a doença e não conseguimos descobrir de onde veio”, disse Dale Fisher, presidente da Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos da OMS, à Reuters. “As atividades de contenção são menos eficazes.”
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