Passeata anti-governo gigantesca em Hong Kong
Um multidão de manifestantes anti-governo marcharam por Hong Kong neste domingo (8), um dia antes do aniversário de seis meses do início da atual série de protestos. Nenhum grande confronto foi relatado, mas alguns manifestantes incendiaram o lado de fora dos edifícios dos tribunais e vandalizaram lojas e bancos.
Muitos jovens e famílias participaram desta última manifestação na ilha de Hong Kong, em resposta aos apelos do grupo pró-democracia. Os organizadores disseram que a manifestação atraiu cerca de 800 mil pessoas.
Esta segunda-feira (9), marca o aniversário de seis meses do início das manifestações, que inicialmente começaram a protestar contra uma proposta de lei que permitiria que os suspeitos fossem enviados para a China continental.
O governo retirou, oficialmente, o projeto de extradição em outubro. Mas os protestos pela reforma democrática continuaram.
Muitas pessoas estão exigindo a eleição direta para a chefia do executivo de Hong Kong e um inquérito independente sobre o comportamento policial frente aos manifestantes.
O grupo pró-democracia obteve uma vitória esmagadora nas eleições dos conselhos distritais no mês passado.
Mas o governo de Hong Kong tem dado poucos sinais de atender a tais demandas.
Uma declaração oficial disse que a passeata de domingo foi “em geral pacífica e ordeira”, mas que “ainda havia atos violentos e ilegais” e “condena severamente tais atos”.
Greves estão sendo convocadas para esta segunda-feira em Hong Kong.
Um ativista pró-democracia prevê que os cidadãos continuarão a se manifestar.
Avery Ng disse que os protestos não vão parar até que o governo de Hong Kong atenda suas demandas.
Ng disse que as manifestações, provavelmente, continuarão por meses e anos em diferentes formas, a menos que o governo de Hong Kong mude sua resposta.
Ele disse que é necessário que os habitantes de Hong Kong se unam e que a comunidade internacional pressione o governo chinês.
Tam Yiu Chung sugeriu que é improvável que a China reveja sua política em Hong Kong. Ele é membro do Comitê Permanente do Congresso Nacional Popular da China e ex-líder de um partido pró-Pequim.
Ele disse que o presidente Xi Jinping afirmou claramente que não mudará o princípio de “um país, dois sistemas”.
Tam disse que a frase “um país” significa que requer entendimento para o Estado, e a frase “dois sistemas”, que permite um alto grau de autonomia para Hong Kong, não deve ser enfatizada.
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