Oficial chinês sugere ações ‘mais eficazes’ de Hong Kong para conter protestos
As declarações do vice-premiê da China, Han Zheng, foram feitas poucas horas após um parlamentar pró-Pequim ter sido vítima de um ataque a faca em Hong Kong.
Vice-premiê da China, Han Zheng, disse em reunião com a líder de Hong Kong, Carrie Lam, que os protestos em curso na região autônoma estão prejudicando o princípio de “um país, dois sistemas”, segundo o qual a ex-colônia britânica é governada desde 1997.
“Nós daremos todo o nosso apoio para que o governo da região administrativa especial adote medidas mais proativas e eficazes para resolver os problemas sociais”, disse Han, conforme reportou a Reuters.
Anteriormente, Carrie Lam havia anunciado reformas nas áreas de habitação e de gestão de terras a fim de aplacar os ânimos da população, que vive em um dos mercados imobiliários mais caros do planeta.
Na ocasião, a líder também defendeu as medidas adotadas pela sua administração para combater a violência durante os protestos, que incluiu a reedição de legislação dos tempos coloniais.
Ataques a candidatos
A reunião do vice-premiê com a líder de Hong Kong decorreu na esteira de ataque a faca contra o parlamentar Junius Ho, nesta quarta-feira (6).
Este não é o primeiro ataque contra candidatos das eleições ao conselho municipal, previstas para ocorrer em 24 de novembro.
O candidato disse em uma declaração que sofreu ferimentos na parte superior esquerda do peito, mas que não corria risco de vida. Dois de seus colegas também se feriram, anunciou Ho.
Um suspeito foi preso. Imagens disponíveis na internet mostram um homem que, enquanto entrega flores amarelas a Ho com uma mão, com a outra retira da bolsa uma faca e ataca o candidato.
Protestos em Hong Kong
Hong Kong enfrenta quase cinco meses de protestos generalizados, que inicialmente exigiam a revogação da lei de extradição para a China continental.
Apesar da administração da região autônoma ter revogado a lei em questão, os protestos se expandiram para demandar democracia irrestrita e o fim da influência chinesa na cidade.
O Partido Comunista chinês disse, nesta quinta-feira, que não toleraria nenhum “comportamento separatista”, após alguns dos manifestantes terem demandado independência.
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