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Dois “homens-bomba suicidas”, egípcios, foram mortos na ilha de Sulu, nas Filipinas

Soldados, no sul das Filipinas, frustraram uma tentativa de atentado suicida em uma área urbana, o último de uma série de ataques do grupo terrorista Abu Sayyaf alinhado com o Daesh (Estado Islâmico).

Dois “homens-bomba suicidas”, egípcios, foram mortos na ilha de Sulu, nas Filipinas

Soldados, no sul das Filipinas, frustraram uma tentativa de atentado suicida em uma área urbana, o último de uma série de ataques do grupo terrorista Abu Sayyaf alinhado com o Daesh (Estado Islâmico).

Tropas em um posto de controle na ilha de Jolo, província de Sulu, participaram de um breve tiroteio com três homens, incluindo dois cidadãos egípcios em uma motocicleta no final da tarde de terça-feira (5), segundo autoridades.

Os agressores foram mortos e coletes de bombas, uma pistola, uma granada e detonadores foram apreendidos, disseram os militares.

O tenente-general Cirilito Sobejana, comandante militar do oeste de Mindanao, identificou os dois egipcios como sendo Abduramil e seu filho, Abdurahman, de acordo com a estação de TV GMA News, com sede em Manila.

O alvo pretendido era uma área urbana de Jolo, a capital da ilha, e dois dos homens eram egípcios, informou em comunicado o comando regional das forças armadas.

O outro homem era filipino e membro do Abu Sayyaf, um grupo terrorista que prometeu lealdade ao Daesh e é conhecido pela pirataria e sequestro de estrangeiros. Ele foi identificado como Dems.

Aumento dos homens-bomba suicidas
O Major-General Corleto Vinluan Jr., comandante militar em Sulu, foi citado pela imprensa como elogiando o “excelente planejamento e execução cuidadosa” para interromper a operação.

Vinluan também prometeu que os militares “continuarão a caçar” todos os terroristas do Abu Sayyaf.

O incidente teria sido a quinta tentativa de atentado suicida no sul das Filipinas nos últimos 16 meses.

Tais ataques eram, anteriormente, inéditos, apesar de décadas de agitação separatista e anarquia que deram origem a sentimentos separatistas nas ilhas de Mindanao, onde reside a minoria muçulmana do país.

O atentado marcou uma virada sinistra na luta das Filipinas para conter os grupos terroristas inspirados pelo Daesh, que eram apoiados por terroristas da Malásia e da Indonésia, incluindo um ataque ousado e uma ocupação de cinco meses da cidade de Marawi, em 2017.

Os ataques suicidas foram todos no arquipélago de Sulu, a fortaleza do Abu Sayyaf, e todos foram reivindicados pelo Daesh.

Entre os ataques estão um duplo bombardeio a uma igreja, em janeiro, que matou 21 pessoas, uma van-bomba em um posto de controle em julho de 2018 que matou 11, um ataque suicida por dois jovens que mataram oito em junho, e uma mulher que detonou, prematuramente, uma bomba que ela carregava perto de um destacamento do exército, em setembro.

Os terroristas eram indonésios, marroquinos e filipinos.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, prometeu aniquilar o Abu Sayyaf e intensificou as operações militares nos seus redutos, embora os bombardeamentos contra civis e militares tenham continuado sem diminuir.

Desde 2017, ele também colocou toda a ilha de Mindanao sob a lei marcial. Mas os críticos dizem que, apesar de colocar o sul sob domínio militar, Duterte não conseguiu deter os ataques.

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