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Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusa Macron de usar incêndio na Amazônia para interferir em acordo de livre comércio

Boris Johnson deu um golpe em Emmanuel Macron por causa da ameaça do presidente francês de vetar um acordo comercial da UE com estados sul-americanos, incluindo o Brasil, alegando que a preocupação com os incêndios na Amazônia estava sendo usada como uma "desculpa" para interferir no livre comércio.

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusa Macron de usar incêndio na Amazônia para interferir em acordo de livre comércio

Boris Johnson deu um golpe em Emmanuel Macron por causa da ameaça do presidente francês de vetar um acordo comercial da UE com estados sul-americanos, incluindo o Brasil, alegando que a preocupação com os incêndios na Amazônia estava sendo usada como uma “desculpa” para interferir no livre comércio.

Macron advertiu que vai barrar o acordo UE-Mercosul – depois de de 20 anos de negociações – a menos que o presidente de do Brasil, Jair Bolsonaro, demonstre que está empenhado em proteger o ambiente do seu país, no âmbito da luta global contra as alterações climáticas.

Ao chegar à cúpula do G7, presidida por Macron, na cidade turística francesa de Biarritz, Johnson reafirmou o seu horror perante os milhares de incêndios florestais que estão causando devastação em faixas da Amazônia brasileira.

Mas ficou muito longe de apoiar a proposta do Presidente francês, também apoiada pelo irlandês Taioseach Leo Varadkar, de não aprovar definitivamente o acordo de livre comércio até que Bolsonaro cumpra os compromissos ambientais.

O acordo Mercosul, que abrange igualmente a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, é contestado por muitos franceses porque colocaria os agricultores do país sujeitos à concorrência de grandes quantidades de carne de bovina barata da América do Sul.

Johnson disse que faria “tudo o que pudermos” para ajudar o Brasil a enfrentar a “tragédia” da destruição da floresta tropical.

Perguntado se ele se juntaria a outros líderes para se recusar a ratificar o acordo do Mercosul, disse: “As pessoas aceitarão qualquer desculpa para interferir no livre comércio e frustrar os acordos comerciais, e eu não quero ver isso.”

“Quero ver a tragédia no Brasil enfrentada adequadamente. É isso que precisamos fazer e é isso que o Reino Unido está pronto para apoiar em nível global, não apenas no Brasil.”

Bolsonaro foi acusado, injustamente, de incentivar os madeireiros a iniciar incêndios como parte de sua iniciativa de abrir a região amazônica para o desenvolvimento e de não direcionar recursos suficientes para combater os incêndios.

Em declaração, antes da cúpula do G7, um porta-voz de Macron disse que o presidente acredita que seu colega brasileiro mentiu nas garantias sobre o clima feitas no G20 no Japão, no início deste ano.

“Nessas condições, a França se oporá ao acordo Mercosul da forma como está”, acrescentou o porta-voz.

O Greenpeace afirmou que Johnson deveria usar mecanismos comerciais para proteger as florestas.

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