Polícia de Hong Kong prende 29, novos protestos planejados para este domingo
A polícia de Hong Kong informou, neste domingo (25), que prendeu 29 pessoas após confrontos durante a noite, nos quais foram disparados gás lacrimogêneo para interromper os protestos anti-governamentais, enquanto o centro financeiro asiático se preparava para outras manifestações do dia.
Com idades entre 17 e 52 anos, os suspeitos – 19 homens e 10 mulheres – foram presos por crimes, incluindo a posse de armas ofensivas e agressão a policiais, informou a polícia em comunicado.
Os detidos incluíram o organizador da manifestação de sábado, Ventus Lau, informou a emissora pública RTHK.
A polícia também condenou veementemente os manifestantes por “violação da paz pública” no sábado.
Neste domingo, o transporte para o aeroporto internacional da cidade parecia normal, apesar dos planos dos manifestantes de pararem os transportes para o para terminal durante todo o dia.
Outro protesto foi planejado para o domingo no distrito operário de Tsuen Wan, enquanto os manifestantes também planejam uma greve por toda a cidade e boicotes de classe nas universidades, nas próximas semanas.
A operadora de metrô de Hong Kong, MTR, informou neste domingo que várias estações na linha Tsuen Wan serão fechadas a partir das 13h30, informou a RTHK.
As estações Kwai Fong e Tsuen Wan na linha Tsuen Wan, bem como a estação Tsuen Wan West na linha West Rail seriam temporariamente fechadas.
PROTESTOS VIOLENTOS
No sábado ativistas jogaram bombas de gasolina e tijolos na área industrial de Kwun Tong, uma área densamente povoada do território chinês, no leste da península de Kowloon.
Quatro estações de metrô MTR foram fechadas devido aos protestos.
A polícia usou gás lacrimogêneo depois que alguns manifestantes jogaram coquetéis Molotov e tijolos, enquanto outros destruíram postes de iluminação “inteligentes” equipados com câmeras de vigilância. Outros tinham montado bloqueios de estradas com andaimes de bambu.
Foi o primeiro uso de gás lacrimogêneo em mais de uma semana, depois de uma série de manifestações pacíficas na antiga colônia britânica.
Condenando, veementemente, os ” atos de vandalismo e violência de manifestantes radicais” no sábado, o governo de Hong Kong disse, em uma declaração, que a polícia iria acompanhar rigorosamente todos os atos ilegais.
O governo também apelou aos manifestantes para que parem com a violência, para que a ordem possa ser restaurada na sociedade o mais rápido possível.
LUTA PELA DEMOCRACIA
Os protestos, que começaram contra uma lei de extradição, agora suspensa, evoluíram para exigência de maior democracia, têm agitado Hong Kong há três meses.
As exigências dos manifestantes incluem um inquérito independente sobre o que descrevem como brutalidade policial, a retirada total do projeto de lei da extradição e o sufrágio universal.
Os apelos mais amplos à democracia mergulharam a cidade numa crise sem precedentes que representa um desafio direto para os líderes do Partido Comunista em Pequim.
Os manifestantes dizem que estão lutando contra a eliminação do acordo de “um país, dois sistemas” que consagra um alto grau de autonomia para Hong Kong, uma vez que ele foi devolvido do domínio britânico para o chinês em 1997.
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