Moon acusa Japão de estar sendo desonesto
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, acusou o Japão de estar sendo desonesto sobre as razão do aumento do controle das exportações para seu país.
Moon falou em uma reunião do Gabinete nesta quinta-feira (29), um dia depois que o Japão retirou a Coreia do Sul de uma lista de parceiros comerciais com direito a procedimentos simplificados de exportação.
Moon disse que o Japão deve ser honesto sobre a razão de sua retaliação econômica. Ele disse que o Japão está tentando justificar a ação mudando, sem fundamento, o que diz.
Ele também disse que o Japão deve enfrentar o passado. Segundo ele, a atitude do governo japonês de não reconhecer ou se desculpar por seus erros passados está prejudicando ainda mais as vítimas.
Moon também se referiu às Ilhas Takeshima, no Mar do Japão. A Coreia do Sul controla as ilhas. O Japão as reivindica. O governo japonês considera as ilhas como parte inerente do território do Japão, afirmando que a Coreia do Sul as ocupa ilegalmente.
Moon disse que as ilhas foram a primeira vítima da agressão imperialista do Japão e que o país não mudou sua afirmação absurda de que as ilhas são parte de seu território.
Em um discurso que proferiu em 15 de agosto, o presidente Moon pediu diálogo e cooperação com o Japão, mostrando abertamente seu descontentamento depois do que ele viu como uma falta de resposta ao discurso do Japão.
O escritório presidencial da Coreia do Sul disse que o Japão minou o orgulho nacional dos sul-coreanos e essa foi uma das razões por trás da decisão de encerrar o Acordo Geral de Segurança de Informações Militares, ou General Security of Military Information Agreement – GSOMIA, com o Japão.
Observadores dizem que Moon está intensificando sua retórica contra o Japão, em uma tentativa de desviar críticas sobre um escândalo envolvendo sua escolha pelo ministro da Justiça.
Em Tóquio, na quinta-feira, o secretário chefe do gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse que o trabalho em tempo de guerra é o maior problema entre o Japão e a Coreia do Sul.
A Suprema Corte da Coreia do Sul ordenou que as empresas japonesas compensassem aqueles que afirmam ter sido forçados a trabalhar para as empresas durante a Segunda Guerra Mundial.
O governo japonês diz que a questão do direito de reivindicar indenização foi resolvido por um acordo de 1965.
Suga disse que o governo continuará exortando a Coreia do Sul a corrigir a situação atual, que é uma violação do direito internacional.
Questionado sobre as repetidas críticas de Moon ao Japão, Suga disse que o governo vai se abster de comentar as observações individuais do presidente sul-coreano.
Suga disse que as relações bilaterais permanecem severamente afetadas em meio a uma série de ações negativos e irracionais da Coreia do Sul.
Ele disse que o Japão continuará a pressionar a Coreia do Sul a responder com sensatez, com base em sua posição consistente em vários assuntos.
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