Japão celebra 74 anos do final da Segunda Guerra Mundial
15 de agosto é o dia em que a população do Japão comemora o fim da Segunda Guerra Mundial e ora pela paz. Em Tóquio, milhares de pessoas se reuniram em uma cerimônia patrocinada pelo governo, para recordar aqueles que pereceram na guerra.
Mais de 6.000 parentes e outros compareceram ao evento anual nesta quinta-feira (15), para lamentar e homenagear os cerca de 3,1 milhões de japoneses que morreram na guerra.
O Imperador Naruhito e a Imperatriz Masako participaram da cerimônia pela primeira vez, desde que o Imperador subiu ao trono em maio.
O primeiro-ministro Shinzo Abe disse que: “A paz e a prosperidade que hoje nos alegramos são baseadas nos sacrifícios finais de todos aqueles que pereceram na guerra. Isto é algo que nunca esqueceremos.”
Abe também prometeu nunca esquecer o grande número de mortos de guerra, cujos restos mortais ainda não retornaram ao Japão. Ele disse que: “Faremos o nosso melhor para que seus restos mortais possam voltar para casa o mais rápido possível.”
Abe prometeu nunca mais repetir os horrores da guerra, dizendo, “esta promessa permaneceu verdadeira durante as eras Showa e Heisei e não vai mudar de forma alguma na era Reiwa”.
Ao meio-dia, os participantes observaram um minuto de silêncio.
O Imperador disse: “Meus pensamentos estão com as inúmeras pessoas que perderam suas preciosas vidas na última guerra e em suas famílias enlutadas.” Ele disse que assiste a cerimônia “com um profundo e renovado sentimento de tristeza”.
Ele também disse: “Olhando para o longo período de paz do pós-guerra, refletindo sobre o nosso passado e tendo em mente os sentimentos de profundo remorso, espero, sinceramente, que a devastação da guerra nunca mais se repita. Juntamente com todo o nosso povo, presto agora o meu sincero tributo a todos aqueles que perderam as suas vidas na guerra, tanto nos campos de batalha como noutros locais, e oro pela paz mundial e pelo desenvolvimento contínuo do nosso país”.
Os familiares dos mortos de guerra estão envelhecendo. Cerca de 80% dos parentes enlutados que participaram da cerimônia têm 70 anos ou mais, e apenas cinco viúvas participaram este ano.
Haru Uchida, cujo marido morreu na Batalha de Okinawa, tem 97 anos. Ela era a mais velha dos parentes presentes.
Uchida assiste à cerimônia todos os anos sem falta. Ela disse que há muitas pessoas que experimentaram tristeza como ela, e não deve haver nenhuma guerra novamente.
Noventa e cinco descendentes de soldados mortos, com menos de 18 anos de idade estavam entre os presentes, para que as memórias da guerra fossem passadas para as gerações futuras.
Entre eles estava Shota Mitani, de 14 anos, da província de Kagawa, no oeste do Japão. Seu bisavô morreu em 1945, no que é hoje Myanmar.
Mitani disse que soube dos horrores da guerra em uma viagem escolar a Okinawa, onde batalhas terrestres ferozes foram travadas. Ele também disse que participou da cerimônia de Tóquio para oferecer flores em homenagem a seu bisavô.
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