Disputa entre Japão e Coreia do Sul deixa EUA em situação delicada
O presidente dos EUA, Donald Trump, apelou, nesta sexta-feira (9), para a melhoria das relações entre Japão e Coreia do Sul, dizendo que o aumento das tensões entre os dois países colocou os Estados Unidos em uma “má posição”.
“A Coreia do Sul e o Japão estão brigando o tempo todo. Eles têm que se dar bem porque isso nos coloca em uma posição ruim”, disse Trump aos repórteres da Casa Branca. “Eles deveriam ser aliados”.
Trump fez os comentários quando os laços entre os principais aliados dos EUA desceram ao nível mais baixo em anos, em meio a disputas sobre a história da guerra e a política comercial.
Seul ameaçou pôr fim a um pato de partilha de informações militares com Tóquio, uma medida que afetaria a cooperação trilateral de segurança com Washington, face aos desafios de segurança colocados pela China, Coreia do Norte e Rússia.
O Acordo Geral de Segurança de Informações Militares, assinado em novembro de 2016, permite que os dois países vizinhos compartilhem informações sensíveis sobre uma Coreia do Norte com armas nucleares, que recentemente realizou uma série de testes de mísseis balísticos de curto alcance.
O prazo para decidir se o acordo será renovado por mais um ano será em 24 de agosto.
Perguntado se ele está preocupado com os laços estremecidos entre Tóquio e Seul, Trump disse: “Estou preocupado que eles não estejam se dando bem um com o outro”.
“A Coreia do Sul e o Japão têm que sentar e se dar bem um com o outro”, disse ele. “Caso contrário, o que estamos todos fazendo?”
Na quarta-feira, Marc Knapper, vice-secretário de Estado adjunto dos EUA para Coreia e Japão, disse que Tóquio e Seul podem encontrar espaço para “soluções criativas”, e que Washington está pronto para facilitar o diálogo entre eles.
“Acreditamos que a prudência é necessária para evitar que as tensões contaminem os aspectos econômicos e de segurança dos laços Japão-Coreia do Sul”, disse Knapper, já que Pequim, Pyongyang e Moscou, aparentemente, tentaram criar uma nova brecha na coordenação de segurança EUA-Japão-Coreia do Sul.
“Acreditamos que cada um tem a responsabilidade de melhorar suas relações”, disse ele à Heritage Foundation, um think tank de Washington. “Calma, palavras confiantes de líderes nacionais, acreditamos que gerarão uma resposta semelhante em suas nações.”
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