Requerentes sul-coreanos de trabalho forçado na época da Segunda Guerra solicitam venda de ativos
Requerentes sul-coreanos que pedem indenização por danos causados pelo trabalho forçado na época da Segunda Grande Guerra devem iniciar, em breve, os procedimentos judiciais para vender os bens apreendidos da Mitsubishi Heavy Industries do Japão.
Entre os queixosos incluem-se mulheres que dizem ter sido forçadas a trabalhar para a empresa japonesa durante a Segunda Guerra Mundial. Em novembro passado, a Suprema Corte da Coreia do Sul finalizou decisões de tribunais inferiores concedendo-lhes indenização.
Mais tarde, os autores obtiveram aprovação de um tribunal separado para apreender marcas registradas e patentes de propriedade da Mitsubishi Heavy Industries na Coreia do Sul.
Na terça-feira, eles disseram que logo solicitarão junto ao tribunal a venda dos ativos, já que a empresa japonesa não respondeu aos seus pedidos para realizar negociações sobre compensação.
O ministro da Indústria do Japão, Hiroshige Seko, disse aos repórteres que nenhuma empresa japonesa deve sofrer danos, e que ele quer que o Ministério das Relações Exteriores trate da questão.
A Mitsubishi Heavy Industries informa que tratará do assunto em coordenação com o governo japonês.
Em maio, os demandantes sul-coreanos que ganharam processos judiciais trabalhistas dos tempos da guerra iniciaram procedimentos judiciais para converter as ações da Nippon Steel e do fabricante de máquinas Nachi-Fujikoshi em dinheiro.
O Japão apresentou um protesto junto ao governo sul-coreano sobre a série de movimentos.
O governo japonês diz que a questão do direito de reivindicar indenização foi resolvida completa e finalmente num acordo bilateral de 1965, quando os dois países normalizaram os laços diplomáticos.
O Japão pediu à Coreia do Sul que lançasse um painel de arbitragem envolvendo outros países, com base no acordo bilateral.
O prazo para completar os passos necessários para formar o painel acaba nesta quinta-feira (18). A Coreia do Sul ainda não respondeu.
A questão tem pressionado os laços entre o Japão e a Coreia do Sul. As tensões aumentaram ainda mais após o Japão ter recentemente imposto restrições mais rigorosas à exportação de alguns materiais de alta tecnologia para a Coreia do Sul.
O Japão diz que a medida é em resposta a preocupações de segurança nacional e que não está relacionada com a questão do trabalho nos tempos de guerra, Seul, porém, reagiu fortemente.
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