6 C
Kóka
segunda-feira, 17 março, 2025 7:19: pm
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_img

Duterte admite ter perdido o controle na guerra das drogas

Comandantes da polícia filipina informaram, nesta quarta-feira (19) que 1.600 pessoas foram mortas nos últimos seis meses, na guerra contra as drogas, com os últimos números chegando poucos dias depois que o presidente Rodrigo Duterte admitiu ter perdido o controle da repressão.

Duterte admite ter perdido o controle na guerra das drogas

Comandantes da polícia filipina informaram, nesta quarta-feira (19) que 1.600 pessoas foram mortas nos últimos seis meses, na guerra contra as drogas, com os últimos números chegando poucos dias depois que o presidente Rodrigo Duterte admitiu ter perdido o controle da repressão.

Os últimos números da Polícia Nacional Filipina elevam a contagem oficial de mortes para mais de 6.600.

Isso, imediatamente, levou os ativistas a exigirem uma investigação completa sobre a repressão de Duterte, que grupos de direitos humanos afirmam ser responsável por até 30 mil mortes quando as mortes por vigilantes são incluídas.

Na semana passada, Duterte pareceu admitir ter perdido o controle da repressão, dizendo que as Filipinas estavam sendo “engolidas pelos narcóticos”. “Drogas, eu não posso controlar, filho da p…, mesmo que eu tenha ordenado a morte desses idiotas”, disse ele.

A guerra contra as drogas é culpada pelo aumento de assassinatos, que dispararam nas Filipinas.

O último conjunto de dados fornecidos pelas autoridades veio em dezembro do ano passado, quando a contagem de óbitos havia acabado de passar de 5.000 mortes. O porta-voz da Polícia Nacional, coronel Bernard Banac, disse que “pelo menos” mais 1.600 mortes ocorreram entre janeiro e maio deste ano, e que a maioria desses alvos tem resistido à prisão.

“O aumento foi devido a suspeitos que reagiram com armas contra os operacionais”, disse Banac ,quando perguntado o que estava por trás de um aparente aumento na taxa de mortes.

Ele disse que 49 policiais haviam morrido durante no mesmo período, enquanto 144 foram feridos durante operações legítimas, em todo o país, acrescentando que as investigações policiais não terminaram quando os suspeitos foram mortos: “Isso não significa que só porque eles morreram em operações policiais, não vamos investigar. Tanto quanto possível, ninguém deve morrer em nossas operações antidrogas”.

Banac advertiu que os últimos números não haviam sido cruzados com os da Agência Filipina de Combate às Drogas.

A Human Rights Watch (HRW), organização dos direitos humanos sediada em Nova York, pediu um exame minucioso e urgente das mortes por causa da guerra contra as drogas.

O pesquisador da HRW, Carlos Conde, disse que o número crescente de mortes, durante as chamadas operações policiais legítimas de combate contra as drogas, devem ter uma investigação completa pelo Tribunal Penal Internacional de Haia ou pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“A alegação da polícia de que todas essas mortes são o resultado da reação armada dos suspeitos não é confiável”, disse ele. “Os Estados membros da ONU não devem deixar passar outra sessão do Conselho de Direitos Humanos sem adotar medidas que coloquem sob escrutínio as graves violações de direitos humanos nas Filipinas.”

Duterte, 74 anos, que retirou as Filipinas do Tribunal Penal Internacional, está enfrentando atualmente duas queixas de assassinato perante o TPI.

Radio Shiga
Siga-nos
Últimos posts por Radio Shiga (exibir todos)

Artigos relacionados

ÁSIA

spot_imgspot_img