Servidores da Receita Federal acessam, de forma ilegal, conta de Bolsonaro e família
Na última sexta-feira (5), a Receita Federal divulgou, em nota, que dois servidores públicos acessaram informações fiscais do presidente Jair Bolsonaro e de integrantes de sua família. Após apuração, a Receita Federal não encontrou razões legais para os acesso, então acionou a Polícia Federal.
De acordo com o jornal O Globo, o servidor Odilon Ayub Alves que atua numa unidade de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Espírito Santo, foi ouvido sobre o caso por cerca de uma hora numa delegacia da PF, mas foi liberado.
Odilon pode responder por abuso de autoridade, quebra de sigilo funcional e contra a Segurança Nacional. Ainda segundo o jornal, o advogado e irmão do servidor, Yamato Ayub, afirmou que foi “uma brincadeira”.
“Ele acessou o sistema inadvertidamente para ver a data de nascimento do Bolsonaro. Foi curiosidade, infantilidade, ingenuidade. Não houve vazamento de dados. Não houve acesso a patrimônio. Nada, nada, nada, nada. Tudo sem maldade. Vamos aguardar o resultado do inquérito”, disse.
Odylon é irmão da deputada federal Norma Ayub (DEM-ES) que negou estar ligada ao caso. “Esclarecemos ainda que o irmão não foi incriminado, apenas foi prestar esclarecimentos em uma investigação. Trata-se de um caso isolado do Odilon, sem nenhuma relação com a atividade parlamentar de Norma Ayub”, declarou por meio de nota ao jornal.
BOLSONARO CLASSIFICA DE ILEGAL ACESSO DAS INFORMAÇÕES
No final da noite de sexta-feira (5), o presidente publicou em seu perfil no Twitter uma manifestação de repúdio ao acesso de funcionários da Receita Federal às informações.
Bolsonaro declarou que os servidores acessaram “ilegalmente” informações fiscais suas e de familiares e que “procuravam algo para vazar” e incriminá-lo “por ocasião da eleição“.
Desde o início do ano passado 2 funcionários da Receita acessaram ILEGALMENTE informações fiscais de minha pessoa e familiares. Procuravam algo para vazar e me incriminar por ocasião da eleição. Sindicância da Receita concluiu não haver “legalidade para acesso” e notificou a PF.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de abril de 2019
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