Sobreviventes do terremoto de 2011 divididos sobre a preservação

Sobreviventes do terremoto e do tsunami que atingiram o Japão no dia 11 de março de 2011, estão divididos sobre o que fazer com as estruturas danificadas que mostram a devastação causada pelo desastre.

Segunda-feira (11), marca o oitavo aniversário do terremoto e do tsunami que causaram danos maciços no nordeste do país.

A NHK realizou uma pesquisa entre dezembro e janeiro, solicitando a participação de mais de 4.400 pessoas, entre eles estavam residentes das províncias de Iwate, Miyagi e Fukushima no nordeste do Japão, bem como pessoas que evacuaram suas casas devido ao acidente da usina nuclear em Fukushima.

1.608 pessoas, ou 36%, responderam.

60,7% dos entrevistados disseram que as memórias do público sobre o desastre estão desaparecendo, enquanto 19,1% não pensam assim.

Os entrevistados foram divididos sobre a questão de preservar mais edifícios em estado danificado como lembranças do que aconteceu.

28,2% disseram que mais preservação é necessária enquanto 35,4% não concordaram.

69% daqueles que apoiam mais preservação disseram que sentem a necessidade de falar sobre o desastre e sua experiência com a próxima geração.

E, 50,4% daqueles que discordam disseram que não querem ser lembrados do desastre.

Um morador de 60 anos de idade de Ofunato, na província de Iwate, disse que, se os prédios danificados não forem preservados, privaria a humanidade de lições futuras do terremoto e do tsunami. Ele disse que isso é mais importante que os sentimentos dos indivíduos.

Uma mulher de 86 anos, de Ishinomaki, província de Miyagi, disse que é importante pensar sobre os horrores do terremoto e do tsunami, mas os sobreviventes acham difícil aceitar tal preservação, pois tiveram experiências tristes e difíceis.