Sobe para 49 o número de mortos no ataque a mesquitas na Nova Zelândia

A polícia da Nova Zelândia desarmou vários explosivos improvisados encontrados em veículos na cidade de Christchurch, depois do tiroteio em duas mesquitas que deixaram 49 mortos.

O atirador entrou na mesquita de Masjid Al Noor 10 minutos após o início das preces e atirou “dezenas, se não centenas de vezes”, segundo testemunhou Ahmad al-Mahmoud à Stuff na Nova Zelândia. Ele descreveu o homem como de pele branca, loiro, baixo e usando um capacete e um colete à prova de balas.

Um segundo tiroteio ocorreu em Linwood Masjid, onde uma testemunha diz que viu um homem deixar a mesquita vestindo roupas de camuflagem e um capacete de motocicleta, enquanto relatos não confirmados indicam que uma bomba foi encontrada na avenida Strickland, nas proximidades.

Um muçulmano local teria perseguido os pistoleiros da mesquita de Linwood, disparando dois tiros contra eles quando partiram.

Quatro suspeitos estão, atualmente, sob custódia, incluindo uma mulher, e as instalações públicas permanecem fechadas enquanto a polícia pede que as mesquitas em outros locais da Nova Zelândia fechem suas portas pelo restante do dia. Um dos detidos foi confirmado como cidadão australiano.

A primeira-ministra Ardern confirmou que nenhum dos suspeitos estava em listas de vigilância de segurança.

“Quero pedir a todos que estiverem pensando em ir a uma mesquita, em qualquer lugar da Nova Zelândia, hoje, não vão”, disse o comissário Mike Bush.

Uma reunião das agências de segurança nacional está em andamento na sede da polícia nacional em Wellington, capital da Nova Zelândia.

Oficiais vasculharam prédios perto das mesquitas, enquanto as escolas de Christchurch foram fechadas. Outra testemunha disse que viu “um homem algemado sendo levado pela polícia”.

A primeira-ministra Jacinda Ardern confirmou que 49 pessoas morreram e mais de 20 foram feridas.