Após acidente na Etiópia, Boeing 737 Max é proibido de voar em todo mundo
O presidente norte-americano Donald Trump ordenou a proibição de que nenhum Boeing modelo 737 Max 8 possa levantar voo ou entrar no espaço aéreo norte-americano. A medida vale tanto para o modelo 8 quanto para o 9 – fabricados pela empresa norte-americana.
“Os pilotos foram notificados, as companhias foram todas notificadas. As empresas aéreas concordam com isso. A segurança do povo norte-americano e de todas as pessoas é a nossa maior preocupação”, declarou Trump na Casa Branca.
Os EUA juntam-se aos 53 países que suspenderam os voos com aeronaves Boeing. Em casos concretos, foram as próprias companhias aéreas norte-americanas que decidiram deixar de voar com aviões deste tipo.
A ordem de Trump foi anunciada depois de vários pilotos americanos relatarem incidentes com os comandos do Boeing 737 MAX 8. Segundo documentos públicos, vários dos incidentes parecem estar relacionados com o sistema de controlo destinado a evitar a desestabilização da aeronave.
Brasil, Portugal e Guiné Equatorial estão entre os 53 países que interditaram os seus espaços aéreos ou viram companhias nacionais suspenderem, temporariamente, a utilização de aeronaves Boeing 737 Max, depois da queda do aparelho da Ethiopian Airlines, no domingo.
A queda do avião, da companhia aérea etíope, um Boeing 737-8 Max, que matou as 157 pessoas que estavam a bordo, apresenta semelhanças sensíveis ao incidente de outubro último, com outro Boeing do mesmo modelo pertencente à Lion Air, uma companhia da Indonésia, que matou 189 passageiros e a tripulação.
Os dois incidentes levaram um número crescente de países a fechar os respetivos espaços aéreos, assim como de companhias a decidirem manter em solo os novos Boeing (737-8 Max e 737-9 Max).
Os dois novos modelos da Boeing são os atuais campeões de vendas da construtora aeronáutica norte-americana, mas, os 376 aviões entregues até fevereiro às companhias aéreas em forma de ‘leasing’ em todo o mundo, é um número relativamente pequeno, quando comparado com um total de 24.400 aviões do construtor norte-americano que sobrevoaram o planeta em fins de 2017.
Ao grupo de países que seguiram a decisão da autoridade de aviação civil da China, e depois da Etiópia e da Mongólia na segunda-feira (11), juntaram-se, no dia seguinte, os 28 membros da União Europeia, entre vários outros países, totalizando agora a 52 países que anunciaram o fechamento dos respetivos espaços aéreos ou a imobilização de aviões daqueles modelos.
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