8º aniversário do terremoto no nordeste do Japão
O dia 11 de março marca o oitavo aniversário do grande terremoto que atingiu o nordeste do Japão e o acidente nuclear na usina de Fukushima Daiichi.
O terremoto, de magnitude 9.0, ocorreu na costa nordeste da região de Tohoku por volta das 2:46 da tarde de 11 de março de 2011. Um tsunami, de mais de dez metros de altura, atingiu a costa das regiões de Tohoku e Kanto.
A Agência Nacional de Polícia do Japão informa que até 8 de março, 15.897 pessoas haviam sido confirmadas mortas e 2.533 outras ainda estão desaparecidas. Pelo menos 22.131 pessoas morreram no desastre de 2011, incluindo aquelas cuja saúde se deteriorou durante a evacuação.
Muitos problemas foram deixados sem solução nas áreas afetadas, incluindo uma população regional em declínio e pessoas idosas vivendo em isolamento.
Sete municípios da prefeitura de Fukushima ainda têm zonas de entrada proibida. Uma pesquisa da Agência de Reconstrução, em fevereiro, mostra que 51.778 pessoas das áreas afetadas ainda estão hospedadas em outras partes do país como evacuadas. O número de evacuados tem diminuído gradualmente. Mas o período de evacuação está ficando extremamente longa.
No desastre de 2011, três reatores da usina nuclear Fukushima Daiichi sofreram um colapso, no que é considerado um dos piores acidentes nucleares do mundo.
No mês passado, uma sonda robótica enviada dentro de um dos reatores fez contato direto com os detritos, que se acredita serem uma mistura de combustível nuclear fundido e partes estruturais.
Os restos, parecidos com um monte de argila, estavam muito duros para que ba sonda os removesse. Outras sondagens e avaliações estão em andamento.
A remoção dos detritos é considerada a parte mais difícil do descomissionamento da usina.
O governo e a Tokyo Electric Power Company, que opera a usina, dizem que, com base nos resultados da avaliação, esperam começar a remover os detritos dos reatores em 2021, depois de considerar maneiras de realizar o trabalho até o final de março de 2020.
Enquanto isso, a água de refrigeração que está sendo despejada sobre os detritos nos três reatores é coletada do subsolo. Essa água, misturada com o lençol freático que flui para o complexo das colinas próximas, continua se acumulando como água contaminada.
A Autoridade de Regulamentação Nuclear diz que liberar a água no oceano depois de diluí-la suficientemente abaixo do nível radioativo máximo permitido pelo governo será uma maneira razoável de lidar com o problema.
Mas um plano final sobre como lidar com a água contaminada ainda precisa ser decidido por causa das objeções dos pescadores locais.
Eles protestaram contra a proposta em audiências realizadas em Fukushima e outras prefeituras em agosto passado, citando rumores relacionados à radiação sobre os seus pescados.
- EUA impõem novas taxas a navios chineses em seus portos - 19 de abril de 2025 11:15 am
- Zelenskyy acusa China de fornecer armas à Rússia - 19 de abril de 2025 9:59 am
- Presidente do Irã evita críticas aos EUA em discurso - 19 de abril de 2025 9:52 am