Brasil: Bolsonaro pede a Mourão que assuma a coordenação das relações com a Rússia e China
O vice-presidente Antônio Hamilton Mourão anunciou nesta quinta-feira (21) que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, estará assumindo a coordenação de três comissões bilaterais, duas delas envolvendo parceiros comerciais importantes e ligados ao Brasil pelos BRICS.
“Por orientação do presidente Jair Bolsonaro estou responsável pela coordenação de 3 comissões bilaterais: China , Rússia e Nigéria – paradas desde 2015”, anunciou Mourão em sua página no Twitter.
“Vamos focar nos temas que mais possam contribuir para os interesses do Brasil”, acrescentou na mesma mensagem.
Por orientação do presidente @jairbolsonaro estou responsável pela coordenação de 3 comissões bilaterais: China , Rússia e Nigéria – paradas desde 2015. Vamos focar nos temas que mais possam contribuir para os interesses do Brasil. @EmbaixadaChina @EmbaixadaRusPT @NGRPresident
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) 21 de fevereiro de 2019
Tanto Rússia quanto a China são importantes parceiros comerciais do Brasil e, assim como Brasília, integram o grupo dos BRICS junto com Índia e África do Sul.
Desde o início do governo, Mourão vem recebendo diplomatas e empresários de diversos países, incluindo chineses. O vice-presidente brasileiro já havia revelado que deve visitar a China – maior parceiro comercial do país – ainda neste primeiro semestre, a fim de aumentar a interlocução com o governo.
Já a Rússia é o maior parceiro comercial do Brasil no Leste Europeu, tendo recebido US$ 1,6 bilhão em exportações brasileiras em 2018.
Além de ganhar maior prestígio no governo, Mourão também ganha peso na interlocução de Bolsonaro com dois países com os quais fez referências polêmicas. Na campanha eleitoral, criticou a China por querer “comprar o Brasil”, enquanto declarou ter visto com preocupação os exercícios militares russos na Venezuela, em apoio ao presidente Nicolás Maduro.
Além disso, Bolsonaro fez movimentos em direção ao governo do presidente ucraniano Pyotr Poroshenko – um crítico ativo do Kremlin – durante sua visita a Davos, na Suíça, palco do Fórum Econômico Mundial (FEM).
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