China sempre disse que não usaria ilhas artificiais militarmente, porém hoje, estão fortemente armadas.
Os EUA querem que Pequim retire seus mísseis das ilhas Spratly, no mar do Sul da China, declararam representantes norte-americanos durante uma reunião no Departamento de Estado.
Washington manifesta-se contra os passos unilaterais de Pequim no mar do Sul da China, tendo a intensidade das operações de liberdade de navegação dos EUA nas águas disputadas aumentado, declarou o conselheiro de Segurança da Casa Branca, John Bolton, falando com jornalistas nos bastidores da reunião da ASEAN em Singapura.
A afirmação foi feita depois das conversações bilaterais entre os EUA e a China, nas quais os representantes chineses pediram a Washington para deixar de enviar embarcações e aeronaves militares para as zonas próximas das ilhas e recifes chineses e “cessar as ações que minam os interesses da soberania e segurança”.
De acordo com o comunicado de imprensa conjunto depois das conversações, ambas as partes concordaram em permanecer comprometidas com a “não confrontação” e apoiar a resolução pacífica de qualquer disputa na região contestada.
Os incidentes entre navios da China e dos EUA têm se repetido no mar do Sul da China, tendo um deles tido lugar em outubro. Nessa ocasião, o destróier USS Decatur e o navio de guerra chinês Luyang efetuaram uma aproximação perigosa, obrigando o navio dos EUA a manobrar para evitar a colisão.
As disputas se agravaram em maio, quando o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, assinalou que, apesar da promessa do presidente chinês Xi Jinping de não militarizar as ilhas Spratly, Pequim implantou armas nestas áreas. Pequim, por sua vez, ressaltou que tem direito soberano de enviar tropas para qualquer parte do seu território.
A China afirma controlar a maioria das ilhas, recifes e baixios no mar do Sul da China, que são disputadas também pelas Filipinas, Vietnã, Malásia e Taiwan.
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