Coladera lança o disco “La Dôtu Lado” e produz mini documentário.

“Coladera” lançou no dia 8 de agosto no “Sesc Pinheiros”, o seu segundo disco “La Dôtu Lado” (selo Scubidu) com participações especiais do percussionista Marcos Suzano e da cantora angolana Aline Frazão. “La Dôtu Lado” teve seu lançamento mineiro no dia 5 de maio, no “Sesc Palladium”, em Belo Horizonte-MG. Em Portugal o lançamento aconteceu no dia 23 de março, no Teatro Ibérico, Lisboa. O diálogo entre a guitarra ibérica e lusófona do português João Pires e a voz e o violão do brasileiro Vitor Santana foi o mote para o discurso musical do “Projeto Coladera”.Foi produzido um mini documentário mostrando um pouco do processo criativo do álbum “La Dôtu Lado”, mostrando a conexão transatlântica que a língua portuguesa traz entre Brasil, Portugal e África, diversificando, colorindo e inundando o mundo com toda a potência sonora e multicultural que somos capazes de construir.

“La Dôtu Lado” ao longo de suas 11 faixas, faz um passeio por vários ritmos como samba, xote, fado, lundo, funaná, entre outros. Em tom festivo confirma a proposta plural e singular de cada artista envolvido no projeto encabeçado pelo brasileiro Vitor Santana e o português João Pires. O cabo-verdiano Miroca Paris passa a somar na percussão e nos vocais, esbanjando DNA musical e bagagem da mais alta qualidade: além de sobrinho do Tito Paris, uma verdadeira lenda em seu país, ele tocou por doze anos com Cesária Évora, eternizada como a rainha da morna. Marcos Suzano segue como colaborador afetivo e também efetivo no álbum.Todas as canções são cantadas em português, com exceção da faixa-título, “La Dôtu Lado”, em língua crioula, de base lexical portuguesa, originária de Cabo Verde. A base afiada de violões salpicada por batuques vibrantes é combinada com sofisticação poética presente nas letras. Colaborativo e diverso, o trabalho explora diálogos que continentes são incapazes de separar.

O álbum conta com a presença das cantoras mineiras Nath Rodrigues, também multi-instrumentista, e Raquel Coutinho. A angolana Aline Frazão empresta sua doçura no dueto de Mandinga. Língua e sotaques, pés no mar e olhar nas montanhas, o gingado e a introspecção, a origem e suas ressignificações permeiam “La Dôtu Lado” dando ao ouvinte a constante sensação de pertencimento. O brasileiro que não conhece Angola, o moçambicano que nunca pisou em Portugal, o cabo-veridiano que jamais explorou Timor Leste, assim por diante. Nada nos separa e tudo nos é familiar nessa cadência.

O encontro musical Vitor Santana, João Pires, Marcos Suzano, e mais recentemente Miroca Paris, é consequentemente os 3 mundos musicais reunidos, que têm na língua de expressão portuguesa a matriz deste trabalho. A música autoral brasileira de Vitor, a Música ibérica e lusofónica do guitarrista e compositor português João Pires e a experiência e modernidade do conceituado percussionista brasileiro Marcos Suzano, unem Brasil, Portugal e Cabo Verde que se fundem num diálogo baseado somente em violões, percussões e vozes, trazendo um ambiente sonoro rico em mesclas e mestiçagem.

Ouve-se ecos de África, do candomblé, do fado e do flamenco, do samba, da rumba e do mambo, um português com sotaques diferentes, a eletrônica nascida do acústico de Suzano, e a ancestralidade de Miroca Paris. Tudo isso da maneira mais crua e direta. O repertório é maioritariamente autoral, contendo várias músicas que o compositor mineiro e o compositor português fizeram em conjunto.A coladera é um ritmo popular caboverdiano nascido da morna, por sua vez originada de ritmos como o fado português e o lundum angolano. Também foi influenciada pelo samba, pela rumba e pela cumbia. É símbolo deste fluxo vivo que constitui o encontro de diferentes matrizes da música popular iberoamericana, a um só tempo tradicional e mestiça, negra e branca, raiz e invenção.

O projeto musical “Coladera” celebra o encontro musical de  três mundos musicais que homenageiam os ritmos lusófonos e têm na língua de expressão portuguesa a matriz deste trabalho. Os mundos do Brasil e de Portugal se fundem num diálogo baseado somente em violões, percussões e vozes, trazendo um ambiente sonoro rico e mestiço. Ouve-se ecos de África, do candomblé, do fado e do flamenco, do samba, da rumba e do mambo, um português com sotaques diferentes além do tempero especial da percussão acústica de Suzano. Tudo isso da maneira mais crua e direta.

Falar da música do português  João Ricardo Ribeiro Pires (João Pires), é falar da diversidade e abrangência de linguagens. Compositor, músico e guitarrista brilhante que nela encontra o estímulo para a composição e interpretação de suas músicas, foi na canção popular portuguesa, no fado de lisboa, na morna e coladera caboverdiana e nas influências da música brasileira que encontrou o pulsar de sua música.
O trabalho deste compositor está entre a guitarra, a canção e as parcerias com os mais variados músicos que tem colaborado. É entre esta dualidade, composição para guitarra e composição de música em forma de canção, que este jovem músico vai explanando sua música. Além de participar do “Coladera” desde 2013, João faz parte do projeto Cordel”. O músico tem dois 
álbuns gravados “Caminhar” (2013) e “Lisboando” (2015) marcados por melodias conduzidas pela guitarra e fortes referências rítmicas lusófonas: Fado, Bolero, Marcha, Flamenco, Maracatu, Funaná, Morna e Batucu.

Website: http://www.joaopires.net/
Facebook: https://www.facebook.com/joaopiresoficial/
Facebook Coladera: https://www.facebook.com/coladera2017/
Website Coladera: http://www.coladera.com.br/
Canal Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCKjIHfKr_SujrO-w1keFFKw
Canal Youtube Coladera: https://www.youtube.com/channel/UCGc35DJl-oA7Nu5NR5hNy5g
Soundcloud: https://soundcloud.com/coladera

Da Redação by Cleo Oshiro

Cleo Oshiro
Últimos posts por Cleo Oshiro (exibir todos)