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Brasil: STF proíbe “condução coercitiva” de suspeitos para interrogatórios

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (14), impedir a decretação de conduções coercitivas para levar investigados e réus a interrogatório policial ou judicial em todo o país. O instrumento da condução coercitiva foi usado 227 vezes na Lava Jato

Brasil: STF proíbe “condução coercitiva” de suspeitos para interrogatórios.

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (14), impedir a decretação de conduções coercitivas para levar investigados e réus a interrogatório policial ou judicial em todo o país. O instrumento da condução coercitiva foi usado 227 vezes na Lava Jato

A decisão confirma o entendimento individual do relator do caso, ministro Gilmar Mendes, que concedeu, em dezembro do ano passado, liminar para impedir as conduções, por entender que a medida é inconstitucional. Também ficou decido que as conduções que já foram realizadas antes do julgamento não serão anuladas.

A Corte julgou definitivamente duas ações protocoladas pelo PT e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A legenda e a OAB alegaram que a condução coercitiva de investigados, prevista no Código de Processo Penal, não é compatível com a liberdade de ir e vir garantida pela Constituição. Com a decisão, juízes de todo o país estão impedidos de autorizar conduções coercitivas para fins de interrogatório.

As ações foram protocoladas meses depois de o juiz federal Sérgio Moro ter autorizado a condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento na Polícia Federal, durante as investigações da Operação Lava Jato. O instrumento da condução coercitiva foi usado 227 vezes pela força-tarefa da operação em Curitiba desde o início das investigações.

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