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sábado, 9 novembro, 2024 12:54: am
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EUA atacam Síria com apoio de França e Reino Unido

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nesta ter ordenado "ataques de precisão" contra alvos na Síria, em uma ação coordenada com os governos da França e do Reino Unido, uma semana após um ataque com armas químicas ter matado cerca de 40 civis em Duma.

EUA atacam Síria com apoio de França e Reino Unido.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nesta ter ordenado “ataques de precisão” contra alvos na Síria, em uma ação coordenada com os governos da França e do Reino Unido, uma semana após um ataque com armas químicas ter matado cerca de 40 civis em Duma.

“Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos que lancem ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador Bashar Al Assad”, disse Trump em discurso à Nação na Casa Branca.

Enquanto o presidente anunciava os ataques, várias explosões foram ouvidas na capital da Síria, Damasco, segundo um correspondente da AFP.

A TV estatal síria também reportou os ataques norte-americanos e a defesa antiaérea entrou em ação contra a “agressão” dos EUA.

Instantes depois de ordenar o ataque, Trump responsabilizou Rússia e Irã  “por apoiar, equipar e financiar o regime criminoso” da Síria.

Por isso, acrescentou, a Rússia “descumpriu suas promessas” de impedir que o governo de Assad use armas químicas.

Em Londres, a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que não havia “alternativa prática” ao uso da força na Síria, ao anunciar que o Reino Unido se uniu à França e aos Estados Unidos para lançar ataques contra a Síria.

“Esta noite autorizei as Forças Armadas britânicas a realizar bombardeios coordenados e dirigidos para degradar as capacidades de armas químicas do regime e impedir seu uso”, disse May

Em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou que a França participou da operação conjunta, destacando que os bombardeios estavam “circunscritos às capacidades do regime que permitem a produção e o uso de armas químicas”.

“Não podemos tolerar a banalização do uso de armas químicas”, explicou o presidente em um comunicado.

Momentos antes do pronunciamento à Nação de Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em Lima participando da Cúpula das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e retornou ao hotel onde está hospedado, segundo jornalistas que o acompanham na viagem.

Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciou que os Estados Unidos tinham provas de que Assad havia de fato lançado o ataque com armas químicas na região de Duma.

“Não direi quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico”, disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham “esse tipo de armas”.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque “fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas”.

O presidente norte-americano manteve seguidas reuniões de consulta nos últimos dias com seus conselheiros militares e aliados no exterior para definir uma reposta às denúncias de ataque químico.

No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também nesta sexta-feira (13) um apelo dramático a agir com “responsabilidade” para evitar uma “escalada militar total” na Síria.

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