Helio Santisteban: Uma viagem no túnel do tempo com os “Pholhas”

Helio Santisteban é um cantor, compositor, tecladista, arranjador e maestro. Ex-integrante e fundador da banda “Pholhas”, responsável por grandes sucessos da música desde os anos 70, incluindo She Made me cry, Forever e My Mistake. Atualmente viaja com seu show solo por todo Brasil, levando o público a uma viagem de pura nostalgia e romantismo, interpretando seus maiores sucessos como “My Mistake”, entre outros. Helio é ex-sócio e fundador do maior estúdio de gravação de São Paulo-SP-Brasil (Estúdio Mosh).Autor de temas famosos da TV Globo, atuou em carreira solo e com o Grupo Chantilly, cujo principal sucesso foi “Fim-de-semana Sem Grana”, tema da novela “Amor com Amor se paga” da Rede Globo. Trabalhou também como compositor de temas e trilhas para Maurício de Souza.

Após se desligar do grupo “Pholhas” em 2008​, Helio optou por seguir novos projetos solos com músicos convidados e carreira paralela com outras bandas, como a Phorever. Em ​2013/2014 lançou oficialmente o CD solo “Alone”. Para quem não vivenciou, a época mágica dos bailes de salão, ao som de sucessos românticos da incrível banda “Pholhas” e seus grandes sucessos, conheça um pouco sobre essa fase inesquecível.Tudo começou no final de 1968, na cidade de São Paulo, com três rapazes: Hélio Santisteban, Oswaldo Malagutti e Paulinho Fernandes que haviam acabado de deixar a banda “The Wander Mass Group” com o objetivo de montar outro grupo que tivesse mais a ver com a personalidade musical de cada um deles. Convidaram o amigo Wagner Benatti [Bitão] guitarrista e vocalista (autor inclusive da música  “Tijolinho”, um dos grandes sucessos da Jovem Guarda), que aceitou prontamente o convite e no início de 1969, mais precisamente no dia 18 de fevereiro, fizeram o 1° ensaio oficial da nova banda que ainda não tinha nome. Pouco tempo depois, um amigo que estava sempre presente aos ensaios – Marco Aurélio (Lelo), sugeriu o nome “Pholhas”.Em pouco tempo “Pholhas” se tornou uma das bandas mais requisitada para os bailes paulistanos, chamando a atenção da gravadora “RCA Victor” que os contratou em 1972, para gravar seu primeiro disco com canções próprias em inglês, influenciados pelos sucessos internacionais da época. O grande destaque foi “My Mistake”, que ficou em 1° lugar por 2 meses consecutivos, vendendo mais de 450.000 cópias e rendendo o 1° Disco de Ouro na carreira da banda. O disco foi lançado também na América do Sul e Europa, tendo igual sucesso.

Na época, o grande público chegou a pensar que os “Pholhas” fossem estrangeiros, mas os rapazes sempre fizeram questão de explicar que eram apenas 4 músicos brasileiros cantando em inglês, tendo como objetivo internacionalizar seu trabalho.

Na sequência vieram os sucessos: “She Made Me Cry”, “Forever”, “I Never Did Before”, “Get Back”, “My Sorrow” entre outros, elevando os “Pholhas” como um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro e internacional.

No início de 1977, após gravarem por pressão da gravadora o LP “O Som Das Discotheques”, Hélio deixa a banda para tentar carreira solo e em seu lugar entra o tecladista Marinho Testoni, ex “Casa das Máquinas”. No final desse mesmo ano lançam o LP homônimo “Pholhas” voltado para o rock progressivo e com uma grande novidade: cantado em português, significando uma mudança radical no estilo da banda até então. O disco não chegou a ter vendagem expressiva, porém acabou virando “cult”, e ainda hoje é muito disputado pelos colecionadores.No final de 1978, é a vez de Oswaldo Malagutti deixar a banda para dedicar-se ao projeto pessoal de montar o estúdio de gravações “Mosh Studios”. Em seu lugar entrou João Alberto, assim como Marinho ex “Casa das Máquinas”.

Em 1979 Hélio desiste da carreira solo e retorna ao “Pholhas”. Voltam a gravar no estilo que sempre os consagrou: cantando e compondo canções românticas em inglês, e lançam dois trabalhos:
“Memories” (1980)
“Disco de Ouro – Vol II” (1981)

Com a saída de Marinho Testoni, em 1981, os “Pholhas”  lançam em ordem cronológica, os seguintes discos:

  • 1982 – “Pholhas”
  • 1985 – “Wings”, incluindo a versão em inglês do clássico “Asa Branca” de Luiz Gonzaga.
  • 1987 – “The Night Before”
  • 1988 – “Côrte sem Lei”, segundo disco cantado em português.
  • 1995 – “Disco de Ouro”, reedição em CD do LP homônimo de 1977.
  • 1996 –  “Pholhas”  – 25 ANOS”
  • 1998 – “Pholhas Forever – 26 anos”
  • 1999 – “Dead Faces”, que é um relançamento remasterizado do primeiro LP.
  • 2000 – “Hits Brasil”, contendo 2 CDs com os principais artistas brasileiros dos anos 1970 que gravavam em inglês
  • 2001 – “Pholhas  – Ao Vivo no Brasil”
  • 2003 – “Pholhas, 70’s Greatest Hits”
  • 2005 – “Pholhas” , reunindo 17 canções que foram grandes sucessos da banda, sendo que algumas antes só existiam em vinil.

Em 2007 Hélio Santisteban sai definitivamente da banda e os “Pholhas”  lançam os CDs:

Formação atual dos “Pholhas”:
Bitão – Guitarra e voz
Paulinho Fernandes – Bateria e voz
João Alberto – Baixo
Elias Jó – Teclados e vocais de apoio

Em 2017 os “Pholhas” comemoram 48 anos, nos quais colecionaram vários discos de ouro e o ex-integrante Helio Santisteban faz parte dessa bela história.

Fontes: http://www.pholhas.com.br/
http://santistebanhelio.blogspot.jp/

Radio Shiga by Cleo Oshiro Oficial Page: http://wp.radioshiga.com/programacao/

https://youtu.be/WNCDwGUTGP8

https://youtu.be/ZLs1eRD7cTc

Cleo Oshiro
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