Aniversário da Guerra da Coreia mostra enorme fosso entre países vizinhos.

O aniversário da Guerra da Coreia na República Popular Democrática da Coreia foi marcado por manifestações maciças antiamericanas, enquanto os vizinhos do sul reiteraram seu desejo de reforçar a aliança com os EUA.

Em 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invadiu seu vizinho do sul. A invasão rapidamente se transformou em um conflito global com os Estados Unidos aliando-se à um lado, e os soviéticos a outro. A luta durou até 27 de julho de 1953, deixando cerca de 1 milhão de baixas militares, e 2,5 milhões de civis mortos e feridos em ambos os lados.

No 67º aniversário da Guerra da Coreia, o presidente do Comitê de Residentes de Pyongyang chamou o país de “potência verdadeiramente nuclear” que “é capaz de eliminar aqueles que não fizeram nada senão ameaçar, usando suas forças de contenção nuclear”, informa a Agência Central de Notícias da Coreia, mas conhecida como KCNA.

O líder sul-coreano, por sua vez, afirmou estar disposto a solidificar a aliança com os EUA.

“Vou me empenhar em reforçar a aliança entre a Coreia do Sul e os EUA no decorrer das conversações com o presidente americano e vou tentar resolver o problema nuclear norte-coreano”, disse no comunicado o presidente Moon Jae-in, publicado na sua página do Facebook.

A Guerra da Coreia ocorreu entre 1950 e 1953 e terminou com a celebração de um acordo de paz, sendo que, formalmente, os EUA e a Coreia do Norte continuam em guerra. Pyongyang tem várias vezes expressado sua disponibilidade para a celebração de um acordo de paz caso os EUA ponham fim à sua política hostil em relação à Coreia do Norte, porém, estes apelos ficaram sem resposta.

O atual líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, costuma frisar que o país está disposto a defender a independência e o status de país nuclear, já que o aumento do potencial nuclear é uma medida indispensável para se proteger dos EUA.