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Filipinas: Civis estão sendo mortos por não recitarem oração muçulmana

Teme-se que cerca de 2.000 pessoas ainda estejam presas na cidade de Marawi, sul das Filipinas, depois que terroristas ligados ao Daesh, estado islâmico, assassinaram civis por não recitarem orações muçulmanas.

Filipinas: Civis estão sendo mortos por não recitarem oração muçulmana.

Teme-se que cerca de 2.000 pessoas ainda estejam presas na cidade de Marawi, sul das Filipinas, depois que terroristas ligados ao Daesh, estado islâmico, assassinaram civis por não recitarem orações muçulmanas.

As forças de segurança das Filipinas trocaram tiros com terroristas islâmicos na cidade de Marawi, no sul do país, nesta segunda-feira (29), enquanto aumentam os temores de que cerca de 2.000 pessoas estão incapazes de fugir, depois de uma semana de combates, que deixou mulheres e crianças entre os mortos.

O presidente Rodrigo Duterte impôs lei marcial em todo o sul das Filipinas, logo após o conflito irromper, alertando que os terroristas estavam envolvidos em um esforço do grupo islâmico Maute em criar um califado local.

As batalhas nas ruas e uma implacável campanha de bombardeio militar, até agora, não conseguiram acabar com a crise em Marawi, uma das maiores cidades muçulmanas das Filipinas, de maioria católica, com as autoridades expressando preocupação com o destino das pessoas que ficaram presas na cidade.

“Eles estão nos enviando mensagens de texto e pedindo nossa ajuda”, disse Zia Alonto Adiong, porta-voz do comitê provincial de gerenciamento de crises, sobre as 2.000 pessoas que estão sendo incapazes de deixar as áreas mantidas pelos terroristas.

“Eles não podem sair porque têm medo de cair em postos de controle colocados pelos terroristas”.

As autoridades disseram que homens armados já haviam assassinado pelo menos 19 civis, incluindo mulheres e crianças, enquanto 17 membros das forças de segurança morreram nos confrontos e 61 militantes foram mortos.

Oito corpos foram encontrados na manhã de domingo (28), jogados em uma vala, nos arredores de Marawi, que, normalmente, é uma movimentada cidade de 200.000 pessoas, conhecida como um centro de cultura e educação islâmica.

Myrna Bandung, uma católica, disse a repórteres que em um posto de controle, na segunda-feira (29), quando acompanhava um dos corpos para fora da cidade, que ela estava com os oito, quando foram assassinados.

“Eles não me mataram porque fui capaz de recitar uma oração muçulmana. Os outros não tiveram tanta sorte “, disse Bandung, que estava visivelmente chocada.

A maioria dos moradores da cidade já tinha fugido para cidades próximas.

Porém, acrescentando aos temores daqueles que permaneceram, os militares anunciaram no fim de semana que iriam intensificar a campanha de bombardeios sobre as áreas mantidas pelos terroristas.

Quando perguntado os temores dos civis serem bombardeados, o porta-voz militar, Brigadeiro-General Restituto Padilla, disse aos repórteres que os ataques aéreos seriam feitos com precisão.

No entanto, ele disse que os bombardeios continuariam em qualquer área em que os militantes estivessem escondidos.

Enquanto isso, um repórter da AFP ouviu intensos tiros na tarde de segunda-feira (29) perto da principal universidade de Marawi, e viu a fumaça, aparentemente, de uma explosão de bomba à distância.

A violência começou quando dezenas de pistoleiros atacaram Marawi em resposta a uma tentativa das forças de segurança do país em prender Isnilon Hapilon, um veterano militante filipino, considerado o líder local do Daesh (estado islâmico).

Os Estados Unidos consideram Hapilon como um dos terroristas mais perigosos do mundo e ofereceram uma recompensa de US $ 5 milhões por sua captura.

Os terroristas fixaram bandeiras negras, levaram um padre e outras 14 pessoas como reféns e incendiaram prédios. O destino desses reféns permanece desconhecido.

Duterte e os chefes militares disseram que a maioria dos militantes pertence ao grupo local Maute, que declarou lealdade ao Daesh, e que o governo estima ter cerca de 260 seguidores armados.

Malásia, Indonésia, Cingapura e outros terroristas estrangeiros se uniram a eles, disseram os militares.

Padilla disse que alguns dos mais de 100 prisioneiros que escaparam de um presídio local durante o ataque inicial na semana passada, também são suspeitos de terem se juntado aos combates.

Ele disse que alguns dos que escaparam eram membros do grupo Maute.

Duterte havia dito, anteriormente, que os criminosos locais também estavam apoiando o Maute em Marawi.

A cooperação entre terroristas islâmicos, criminosos e políticos corruptos é comum em Mindanao, onde uma rebelião separatista muçulmana tomou mais de 120 mil vidas, desde a década de 1970.

Os principais grupos rebeldes muçulmanos assinaram acordos com o governo, visando forjar uma paz final, abandonando suas ambições separatistas em troca de autonomia.

O Maute e outros pequenos grupos de linha dura não estão interessados em negociar e têm, nos últimos anos, procurado por ajuda do Daesh.

Duterte disse, no sábado (27), que estava preparado para fazer cumprir a lei marcial durante o tempo que for necessário, para acabar com a ameaça terrorista e até mesmo ignorar garantias constitucionalmente exigidas.

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